Marino Zocolatto aproveitou a trégua da chuva para colher os últimos 20% da soja que foi plantada nos 1.400 hectares na propriedade em Vera, norte de Mato Grosso.
A produtividade este ano será menor que o ano passado, na safra anterior ele colheu 55 sacas por hectare, este ano deve colher 48 sacas por hectare.
A maior perda para o agricultor não está ligada à produtividade, mas na menor agregação de valor ao grão, principalmente para quem teve que levar a soja para os secadores e armazéns.
É o caso de Marino. Uma carreta dele carregada de soja ficou dois dias na fila de um secador de grãos. “A qualidade já estava ruim e com a demora, piorou bastante”, conta.
Para não ter mais este tipo de problema, Antonio Galvan se estruturou. Ele construiu na propriedade, também em Vera, silos com capacidade para armazenar 250 mil sacas de grãos e com a ajuda extra do secador, segundo o agricultor, as perdas são menores.
Normalmente, o produtor paga em soja, para secar os grãos nos armazéns. Quanto mais úmido estiver o grão, maior é o desconto.
