Um grupo de acusados de crimes contra a humanidade durante a ditadura argentina (1976-1983) apareceu nesta quinta-feira (14) no tribunal usando insígnias com as cores do Vaticano para homenagear o Papa Francisco, informou a imprensa local.
A rede de televisão C5N e o jornal La Mañana de Córdoba mostraram imagens dos acusados sentados no banco dos réus com as insígnias com as cores do Vaticano (amerelo e branco) na lapela, durante o julgamento que ocorre no noroeste da Argentina.
O julgamento, iniciado em dezembro de 2012, determinará as responsabilidades de um grupo de mais de 40 militares envolvidos em atrocidades cometidas no centro clandestino de detenção La Perla, em Córdoba, entre eles o comandante da unidade, Luciano Menéndez, já condenado a sete penas de prisão perpétua.
O gesto ocorre um dia após a eleição do argentino Jorge Bergoglio como Papa e reaviva a polêmica sobre a atitude da Igreja Católica argentina durante os anos da ditadura.