• Álvaro Oppermann
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Solteiro, homem, pensamento, reflexão, tristeza, triste (Foto: Shutterstock)

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Matéria originalmente publicada na edição de junho de Época NEGÓCIOS


Quer saber se uma empresa é mais agressiva ou mais conservadora? Olhe para a mão esquerda do executivo-chefe, e veja se ali tem uma aliança. Segundo um estudo de dois professores de finanças americanos (Nikolai Roussanov e Pavel G. Savor, da Wharton School of Business e da Temple University), CEOs solteiros arriscam mais que CEOs casados. “É surpreendente quão grande é a diferença entre eles”, diz Roussanov.

As firmas cujo CEO é solteiro investem 75% mais em pesquisa e desenvolvimento do que as lideradas por um CEO casado. O investimento em aquisições é 40% maior por parte dos solteiros. O investimento em publicidade, 50% maior. “Parte da diferença vem do fato de que os CEOs solteiros tendem a operar empresas menores, mais jovens”, diz Roussanov.

Porém, mesmo quando as empresas possuem portes similares, a diferença de comportamentos persiste. Entre empresas do mesmo porte, o grau de investimento da companhia gerida pelo CEO solteiro é em média 10% maior que o da empresa do CEO casado. Segundo o estudo, a volatilidade dos dividendos é 3% maior quando a firma é gerida pelo executivo sem anel no dedo. “O CEO solteiro arrisca mais, às vezes ganha mais, mas também perde mais”, diz Roussanov. “Nós notamos que, à medida que o risco aumenta, o CEO casado puxa o freio de mão nos investimentos. O CEO solteiro continua investindo.”