A Superintendência-Geral do Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade) informou nesta quinta-feira (14) que abriu um processo administrativo para investigar suspeita de cartel em licitações feitas por órgãos públicos no Distrito Federal para contratação de serviço terceirizado na área de tecnologia da informação (TI).
Na nota divulgada nesta quinta, o Cade diz ter indícios de que o esquema prejudicou “empresas públicas de âmbito federal e distrital”, mas não cita quais são elas. Ainda de acordo com o Cade, as suspeitas apontam para o envolvimento de sete empresas e dez executivos, que teriam trocado informações e se coordenado para fixar preço dos serviços, ter vantagem nas licitações e dividir entre eles o mercado de TI no DF.
“Os documentos trazem indícios de que os acusados, logo após a publicação dos editais de licitação, passavam a manter intensa comunicação entre si. Por mensagens eletrônicas, verificavam se a licitação já estava previamente destinada a alguma das empresas participantes do suposto cartel e trocavam informações comerciais sensíveis, como preço, clientes e condições de participação em licitações, a fim de adotar estratégias para o direcionamento do certame. Com isso, garantiriam a suposta divisão do mercado”, diz a nota do Cade.
Segundo o órgão antitruste, os documentos que apontam para a prática de cartel foram encaminhados pelo Ministério Público do Distrito Federal e Territórios (MPDFT). Os acusados serão notificados e devem apresentar defesa em 30 dias. Concluído o processo administrativo, o caso será encaminhado para julgamento do Tribunal do Cade.
Para ler mais notícias do G1 Economia, clique em g1.globo.com/economia. Siga também o G1 Economia no Twitter e por RSS.
