12/11/2012 10h01 - Atualizado em 12/11/2012 14h11

Dólar inicia a semana operando com pouca variação

Na sexta, moeda norte-americana subiu 0,43%, para R$ 2,0473 na venda
No mês, divisa acumula alta de 0,84% e, no ano, de 9,57%.

Do G1, com informações da Reuters

O dólar operava com pouca variação ante o real nos primeiros nesta segunda-feira (12), após atingir o maior nível de fechamento em mais de dois meses na última sessão, com investidores pesando dados positivos da China e preocupações com a Grécia.

Perto das 14h, a moeda norte-americana subia 0,17% sobre o real, para R$ 2,0507 na venda.

Na sexta-feira, o dólar subiu 0,43%, para R$ 2,0473 na venda. Na semana, a moeda subiu 0,78%. No mês, acumula alta de 0,84% e, no ano, de 9,57%.

O volume negociado deve ser menor nesta sessão devido a um feriado nos Estados Unidos (Dia dos Veteranos), embora os mercados norte-americanos operem normalmente. S

"Hoje temos dois problemas: Nova York tem aberto mais tarde por causa do horário de verão e a liquidez deve ser menor também por conta do feriado nos Estados Unidos", afirmou o economista-chefe da BGC Liquidez, Alfredo Barbutti.

A atenção dos investidores estava dividida entre China e Grécia nesta manhã. O superávit comercial chinês chegou à máxima de 45 meses em outubro, com o crescimento das exportações no maior patamar em cinco meses, para 11%, superando expectativas e trazendo mais um dado que sugere necessidade menos urgente de novas medidas de estímulo à economia.

Por outro lado, os ministros da zona do euro não devem liberar no encontro desta segunda-feira a próxima parcela do resgate à Grécia apesar do duro orçamento do país para 2013, uma vez que ainda não há acordo sobre como tornar sua dívida sustentável.

No entanto, se o atual momento de aversão ao risco nos mercados --que impulsionou a alta do dólar na última sessão -- continuar, a moeda norte-americana deverá ganhar ainda mais força para subir também por causa da tendência de saída de dólares do país no final do ano, segundo Barbutti.

"A posição técnica continua desfavorável para o vendedor. A pressão neste momento é altista e não baixista", afirmou o economista-chefe. "Há um período de dois a três meses desfavorável para o fluxo", emendou, referindo-se à expatriação de recursos de filiais de empresas estrangeiras no Brasil para suas matrizes.

O fluxo cambial ficou negativo em US$ 3,823 bilhões em outubro, o pior resultado em mais de dois anos, com fortes saídas tanto na conta comercial como financeira. Este foi o terceiro mês seguido de saldo negativo e o maior déficit desde junho de 2010.

Para Barbutti, uma possível alta do dólar também é limitada por possíveis intervenções do Banco Central, que pode atuar por meio de leilões de swap cambial tradicional --equivalentes a uma venda de dólares no mercado futuro -, ou então deixar expirar os contratos de swap reverso - equivalentes a uma compra de  dólares-- que vencem no início de dezembro.

"Há uma limitação na ponta altista porque o BC tem um colchão de dólares na mão", disse o economista-chefe, acrescentando que se o dólar começar a se aproximar de R$ 2,10, a partir de R$ 2,08, o BC poderá atuar.

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