24/03/2013 23h47 - Atualizado em 24/03/2013 23h48

Acordo 'põe fim à incerteza no Chipre', diz chefe do Eurogrupo

Ministros da Eurozona deram sinal verde para princípio de acordo.
Banco do Chipre deve ser salvo, mas grandes depósitos devem ter perdas.

Do G1, com informações de agências internacionais

O novo acordo sobre o resgate do Chipre “põe fim à incerteza” na ilha mediterrânea e na zona do euro, disse Jeroen Dijsselbloem, chefe do Eurogrupo, que reúne os ministros de finanças dos países cuja moeda é o euro.

“Foi muito difícil o caminho que nos levou até aqui”, acrescentou Dijsselbloem, na madrugada de segunda-feira (25), no horário local, depois da maratona de negociações em Bruxelas, na Bélgica.

Os ministros de finanças da Eurozona deram nesta madrugada o sinal verde para um princípio de acordo alcançado entre o presidente do Chipre, Nicos Anastasiades, a Comissão Europeia e o Fundo Monetário Internacional (FMI) sobre o resgate financeiro da ilha mediterrânea.

“É um bom acordo e é conclusivo”, disse o ministro de Economia da Espanha, Luis De Guindos, no final da reunião. Ele ressaltou ainda que “é bom para o Chipre e bom para o conjunto da união monetária”.

O acordo, segundo De Guindos, “acaba com todas as dúvidas e garante os depósitos inferiores a 100 mil euros. Estabelece condições adequadas do ponto de vista do tratamento da economia cipriota e demonstra que quando queremos, somos capazes de um acordo”.

O ministro de Finanças da Alemanha, Wolfgang Schäuble, disse que se sente “aliviado” com o acordo. Schäuble pediu realismo ao Chipre na sua chegada à reunião e salientou que o acordo não dependia do Eurogrupo, mas do país mediterrâneo.

O governo cipriota deve fornecer 5,8 bilhões de euros para o resgate de até 10 bilhões que a eurozona e o Fundo Monetário Internacional (FMI) vão conceder ao país mediterrâneo.

Acordo
O acordo prevê que o Banco do Chipre, que concentra a maior parte dos depósitos "russos" e é um dos maiores do país, vai ser salvo, mas os depósitos acima de 100 mil euros sofrerão perdas de até 40%.

Já o Banco Laiki, o segundo maior do país, deve ser fechado, com garantia para os pequenos correntistas, mas perda parcial para os depósitos acima dos 100 mil euros, diz a AFP. A ideia de uma taxa sobre todos os depósitos bancários, de qualquer valor, prevista no plano inicial foi descartada, segundo a mesma fonte.

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