04/01/2013 14h24 - Atualizado em 04/01/2013 14h24

Mulher diz ter sido medicada com soro vencido em policlínica de MT

Após o fato, a aposentada registrou boletim de ocorrência na capital.
Secretaria afirmou que envolvidos no atendimento serão investigados.

Do G1 MT

Neta da aposentada percebeu que o soro estava vencido. (Foto: Reprodução/TVCA)Neta da aposentada percebeu que o soro estava vencido.
(Foto: Reprodução/TVCA)

Uma aposentada de 57 anos passou mal após ser medicada com soro em uma policlínica de Cuiabá. Segundo Cecília Juliana de Oliveira, o medicamento utilizado estava vencido há quase dois meses. O fato ocorreu na noite desta quarta-feira (2) no Pronto Atendimento da Policlínica do bairro CPA 1 e  a aposentada registrou boletim de ocorrência.

A Secretaria Municipal de Saúde afirmou em nota que as pessoas envolvidas no atendimento de Cecília estão sendo investigadas e se for constatado o erro serão tomadas as providências cabíveis.

Na data do fato, a aposentada estava com febre, dor de cabeça, dores no estômago e no peito, e foi levada pela família até a unidade hospitalar. Após a consulta, ela foi encaminhada para ser medicada, conforme recomendação do médico de plantão. Enquanto recebia o medicamento, a neta de Cecília percebeu que o soro estava vencido, com a data de 20 de novembro de 2012.

“A minha netinha ajudou a enfermeira a trocar meu soro. Foi quando ela disse 'Vó, deram soro vencido para a senhora'. Quando a enfermeira notou que ela viu que era soro vencido, ela simplesmente tentou tomar [o soro] da mão da minha neta”, relatou a paciente.

 À reportagem, a aposentada informou ainda que se sentiu mal durante à medicação. “Eu fiquei zonza. Só que eu não sabia que tinha tomado soro vencido. Depois que a menina viu que estava vencido, eu imaginei que fosse por causa disso. Eu poderia ter morrido”, pontuou.

Cecília registrou boletim de ocorrência no 3º Batalhão da Polícia Militar no bairro CPA 4. A polícia informou que vai investigar o caso para saber se houve negligência por parte dos profissionais que fizeram o atendimento. Para a aposentada, outra pessoas podem ter passado pela mesma situação. “Eu quero pedir para que eles tenham consciência do que eles estão fazendo para não repetir o que fizeram comigo com uma criança, ou com uma outra pessoa que for ali”, ressaltou.

Em nota, a Secretaria Municipal de Saúde determinou ainda que uma enfermeira e assistente social se deslocassem à casa de Cecília Juliana de Oliveira para averiguar seu quadro de saúde e adotar os encaminhamentos necessários para acompanhá-la.

Segundo a secretaria, por causa da exaltação da paciente não foi possível resolver o problema no momento em que o caso ocorreu. Na delegacia foi constatado que o medicamento venceu em novembro do ano passado. Na nota a secretaria afirma ainda que não há mais nenhum frasco deste soro no estoque da policlínica.

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