(Foto: SEBASTIEN BOZON/AFP)
As vendas mundiais do grupo francês PSA Peugeot Citroen caíram 16,5% em 2012. De acordo com comunicado divulgado nesta quarta-feira (9), a retração tem com maior causa a crise na Europa, especialmente em países como Espanha, Itália e Portugal. Contudo, a empresa afirma que a suspensão de suas atividades no Irã, em fevereiro do ano passado, também afetou o balanço. A companhia fechou o ano com 2,96 milhões de unidades de carros comercializadas em todo o mundo. Em 2011, foram 3,54 milhões.
No Sul da Europa, onde a PSA Peugeot Citroën concentra seus principais mercados a queda de vendas foi de 13,3% na França, 14,9% na Espanha e 20,9% na Itália. Em nota, o diretor-geral do grupo, Frédéric Saint-Geours, afirma que a expectativa é de mais um ano difícil para o mercado europeu. No entanto, a PSA pretende investir em novos modelos, para atrair os consumidores.
Uma das saídas encontradas pela empresa francesa para superar a crise europeia é o aumento dos investimentos nos mercados emergente, como afirmou ao G1 o presidente da PSA PeugeotCitroën na América Latina, Carlos Gomes, durante o Salão de Paris, em setembro. Os principais mercados para a empresa, hoje, são Brasil, China e Rússia.
Brasil e o IPI
O aumento do Imposto sobre Produtos Industrializados (IPI) para carros importados no Brasil também impactou de forma negativa os resultados da empresa, de acordo com o relatório. Segundo a PSA, o grupo perdeu participação de mercado na região. As vendas no mercado brasileiro subiram 5,6% sobre 2011. Porém. as vendas na América Latina caíram 8,3%, para 277 mil unidades.
De acordo com o relatório, o imposto sobre a venda de veículos importados ajudou o segmento de carros "populares", no entanto, é um segmento em que o grupo francês não tem presença. Outro motivo atribuído pela PSA são as obras de ampliação da fábrica de Porto Real (RJ), que afetaram negativamente o ritmo de produção.
Aliança com a GM
Os planos de sinergias entre os grupos General Motors e PSA Peugeot Citroën andam devagar. Até agora, nenhum projeto em conjunto foi anunciado, mas diversos foram abandonados. O último anúncio, em dezembro, afirmava que as companhias desistiram de um programa conjunto de carros de médio.
As montadoras destacaram em comunicado que assinaram acordos “firmes” envolvendo três de um total de quatro veículos anunciados anteriormente, combinando programas futuros de carros pequenos assim como minivans e dois tamanhos de veículos crossover. O compartilhamento de motores pequenos a gasolina também está no projeto.
Uma estratégia de compartilhamento de modelos que substituirão veículos maiores, como o Citroën C5 e o Opel Insignia, da GM, foi engavetada depois que as companhias falharam em chegar a um "plano de negócios convincente".
As empresas já deixaram de lado planos conjuntos para o desenvolvimento de um carro compacto para a América Latina, um sistema de embreagem dupla e agora o programa de carro de médio porte.
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