18/03/2011 17h37 - Atualizado em 18/03/2011 18h03

Metrô apura se houve excesso na repressão a manifestantes em SP

Conflito na estação Anhangabaú deixou militantes e seguranças feridos.
Militante diz que não havia orientação para invadir prédio público.

Roney DomingosDo G1 SP

Protesto na estação Anhangabau do Metrô terminou em pancadaria (Foto: Reprodução)Protesto na estação Anhangabau  terminou
em pancadaria (Foto: Reprodução)

O Metrô informou nesta sexta-feira (18) que abrirá uma apuração interna para investigar se agentes de segurança cometeram excessos na repressão à manifestação de integrantes do Movimento Passe Livre. Na quinta-feira à noite, cerca de 250 manifestantes entraram na Estação Anhangabaú, na região central da cidade.  Integrante do Movimento Passe Livre, o professor de História Lucas Monteiro, de 26 anos, afirmou que não havia orientação para invadir a estação. 

"Era uma ação simbólica, de desobediência civil e de não pagamento da tarifa. A gente estava no fim da manifestação. Ninguém tinha orientação para entrar e nem para não entrar", afirmou ele. Segundo Monteiro, o protesto foi realizado no espaço entre a saída do Terminal Bandeira e a entrada da Estação Anhangabaú. Ele diz que normalmente os agentes do Metrô realizam uma linha de contenção dos manifestantes do lado de fora ou simplesmente fecham a estação. Desta vez, no entanto, a linha de contenção ficou do lado de dentro e os manifestantes entraram.

Os agentes, então, tentaram contê-los perto das catracas. Monteiro afirma que os manifestantes só reagiram a agressões e ficaram impedidos de sair do espaço porque após o início do tumulto os portões da estação foram fechados. "Pelo menos 30 ficaram feridos e cinco hospitalizados", afirmou.

O Metrô informou que o grupo foi contido pelos agentes de segurança e por policiais militares ao pular a catraca. Segundo o Metrô., foram registrados danos ao patrimônio do Metrô e oito agentes de segurança ficaram feridos. O caso será investigado pela Delegacia do Metrô (Delpom).

O Movimento Passe Livre realiza manifestações contra o aumento da tarifa de ônibus há dois meses em São Paulo, que teve o preço da passagem reajustado de R$ 2,70 para R$ 3,00.


 

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