Política

PT e PMDB não chegam a acordo sobre cargos no Congresso

BRASÍLIA - O PT e PMDB não conseguiram chegar a um acordo sobre o critério que deverá nortear a divisão das comissões permanentes do Senado. Enquanto os petistas defendem o critério da proporcionalidade de blocos partidários, tendo em vista sua intenção de formalizar um com PSB, PR, PRB, PCdoB e PDT, os peemedebistas defendem que seja respeitada a proporcionalidade dos partidos. ( Leia também: 21 senadores tiveram mais de um ano de faltas )

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Por trás dessa divergência está o interesse dos partidos de ficar com o comando da Comissão de Infraestrutura (CI). Na tentativa de convencer o PMDB a aceitar o critério da proporcionalidade dos blocos, que poderá garantir ao PT o comando da maior bancada da Casa com 30 senadores, os petistas admitem deixar para os peemedebistas a principal comissão do Senado, a de Constituição e Justiça (CCJ), que seria a 1ª opção do partido para acomodar o senador Eunício Oliveira (PMDB-CE).

O problema é que o PTB reivindica a presidência da CI para o ex-presidente Fernando Collor (AL), deixando o líder do PMDB, senador Renan Calheiros (AL), numa situação delicada. Isso porque o ex-governador Eduardo Braga (PMDB-AM) já manifestou seu interesse em ficar com essa comissão.

O senador Lindberg Farias (PT-RJ) também está de olho na presidência da CI. A preocupação maior do PT é que a comissão volte para as mãos da oposição. Se prevalecer o critério da proporcionalidade dos partidos, caberia ao PSDB a terceira escolha das comissões, depois do PMDB e do PT, que fará sua 1ª opção pela Comissão de Assuntos Econômicos (CAE).

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