Reuters

24/01/2011 17h38 - Atualizado em 24/01/2011 17h54

Irã enforca dois condenados por envolvimento em protestos eleitorais

Eles teriam divulgado manifestações de protesto contra eleições de 2009.
Outros seis condenados foram mortos nesta segunda, segundo a imprensa.

Da Reuters

O Irã executou nesta segunda-feira (24) dois membros de um grupo oposicionista exilado que teriam participado de agitação após a contestada eleição presidencial de 2009, anunciou a agência oficial de notícias Irna.

De acordo com a agência, Jafar Kazemi e Mohammadali Hajaghaie eram da Organização Mujahedine Khalq (MKO) e teriam filmado e distribuído imagens de enormes manifestações de protesto oposicionista que aconteceram no Irã após a eleição.

"Dois integrantes do grupo dos Monafeghin (hipócritas) ... foram enforcados hoje pela manhã", anunciou a Irna, citando um comunicado da promotoria.

Com cartaz com nome das vítimas, manifestante protestam nesta segunda-feira (24) em  Hamburgo, na Alemanha, contra a execução.Com cartaz com nome das vítimas, manifestante protestam nesta segunda-feira (24) em Hamburgo, na Alemanha, contra a execução. (Foto: AFP)

O relatório disse que os dois eram 'membros de uma rede ativa' da MKO e se envolveram em tumultos pós-eleitorais, sob a orientação de seu líder na Inglaterra. A Irna disse que os dois foram enforcados depois de um tribunal de apelações ter confirmado sua condenação à morte.

O Irã executou duas pessoas no ano passado por envolvimento nos tumultos pós-eleitorais e por acusação de travar guerra contra Deus, procurar derrubar o establishment islâmico e participação em grupos oposicionistas armados.

A eleição, que foi seguida por enormes manifestações de protesto da oposição, mergulhou o Irã em sua crise interna mais profunda desde a Revolução Islâmica de 1979 e expôs divisões no establishment.

Milhares de pessoas, incluindo figuras reformistas experientes, foram detidas após a eleição por fomentar agitação. Desde então, a maioria foi libertada, mas mais de 80 pessoas foram condenadas a até 15 anos de prisão e cinco foram sentenciadas à morte.

Seis outros iranianos foram enforcados na segunda-feira por acusações distintas, entre elas estupro e homicídio, informou a mídia iraniana.

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