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'A palavra impossível não existe para o Fluminense', diz o capitão Fred

Camisa 9 espera festa no Galeão, relembra a cobrança do pênalti decisivo e pede compreensão à Conmebol contra possíveis suspensões

Por Buenos Aires, Argentina

 

 Fred ainda não tinha marcado gols na Libertadores de 2011. Mas na noite desta quarta-feira, ele mostrou outra vez que é um jogador diferenciado. Quando o Fluminense mais precisou, seu camisa 9 estava pronto. E decidiu a classificação para as oitavas de final da competição sul-americana com dois gols, um deles de pênalti, aos 43 minutos do segundo tempo. Depois de tudo o que já passou nas Laranjeiras, Fred afirma com categoria: a palavra impossível não existe no dicionário tricolor.

- Nos dois últimos anos já tínhamos provado isso. E agora novamente. Viemos com o pensamento de fazer nosso melhor e busca a vitória. Deus abençoa a quem trabalha e é justo. Graças a Deus isso aconteceu conosco. Merecemos - disse.

Agora, Fred só pensa na festa que a torcida deve fazer para recepcionar a delegação nesta quinta-feira, às 15h, no Galeão. Mas na hora de bater o pênalti decisivo, o atacante precisou ter frieza para garantir a classificação. Àquela altura, ele já sabia do empate entre Nacional-URU e América-MEX. Sua cobrança, então, definira o futuro do Fluminense na Libertadores.

- Passa muita coisa na cabeça naquele momento. Já sabia que o outro jogo tinha acabado e precisávamos de mais um gol. Quando saiu o pênalti, Conca e Marquinho vieram me falar que era a hora. Dai eu falei: 'Querem me pressionar mais'? (risos). Mas o Rafael Moura chegou ao meu lado e disse que eu era um abençoado. Iso me aliviou. Sempre treino esse tipo de cobrança e tive a felicidade de acertar.
 

 A confusão após o jogo, no entanto, tirou o sono de Fred. Para se defenderem, muitos jogadores do Fluminense acabaram agredindo atletas do Argentinos Juniors. E o atacante fez questão de pedir compreensão a Conmebol em eventuais suspensões.

- Foi lamentável o que aconteceu. Inadmissível. Alguém precisa resolver isso. Ficamos expostos a violência de seguranças do estádio e policiais. Pediamos calma e levávamos socos. Muita gente ali eu nem sabia quem era. Tínhamos que nos defender. Espero que não aconteçam suspensões para nossa equipe. Isso acontecer em 2011 é ridículo - desabafou.

Principal personagem da classificação, Fred fez questão de dividir os méritos pelo feito com seus companheiros e até mesmo com a diretoria.

- Já fiz isso no vestiário e faço de novo. Só tenho vontade de agradecer à diretoria, à torcida e a esse grupo de verdadeiros guerreiros, que batalharam mesmo quando fizemos 1 a 0 sofremos um pênalti duvidoso. Ou então quando levamos o empate por um desvio que matou nosso goleiro. O time não desanimou em momento algum. Todos correram e se ajudaram. Quando conseguimos formar um elenco unido de verdade, fica difícil de ganhar de nós e o impossível vira possível - explicou o camisa 9.

O Fluminense se reapresenta nesta sexta-feira para inicia sua preparação visando a semifinal da Taça Rio, contra o Flamengo, no domingo, às 16h (de Brasília), no Engenhão. No mesmo estádio, o Tricolor receberá o Liberta-PAR, na próxima quarta-feira, pelas oitavas de final da Libertadores.