Edição do dia 21/12/2010

21/12/2010 08h11 - Atualizado em 21/12/2010 08h11

Orçamento para 2011 prevê cortes em ciência e tecnologia e educação

Outros R$ 3 bilhões estão congelados. Uma espécie de poupança que só será gasta se houver aumento de receita. Aí, nesse caso, bom para o programa Bolsa Família, que vai receber R$ 1 bilhão extras.

Começou a ser discutido o orçamento - quanto e como o novo governo deve gastar em 2011. O texto contraria uma promessa do presidente Lula - que não haveria cortes nas obras do PAC.

O salário mínimo, pelo relatório, passa R$ 540, bem menos do que querem as centrais sindicais.

“A cada um real de aumento do salário mínimo significa R$ 500 milhões, então a situação é bastante difícil”, disse a senadora Serys Slhessarenko (PT-MT), relatora do orçamento.

A proposta segue as ordens do governo: corte de R$ 3 bilhões. O relatório cortou principalmente nas áreas de ciência e tecnologia e educação. Outros R$ 3 bilhões estão congelados. Uma espécie de poupança que só será gasta se houver aumento de receita. Aí, nesse caso, bom para o programa Bolsa Família, que vai receber R$ 1 bilhão extras.

“O governo tem e a principal proposta da presidente Dilma, é exatamente o combate à miséria. O Congresso está dando essa contribuição permitindo que, se ela quiser, ela vai poder então melhorar o Bolsa Família”, declarou o deputado Gilmar Machado (PT-MG), vice-líder do governo no Congresso.

A previsão de investimentos é de R$ 171 bilhões, mais de 7% acima do previsto pelo governo inicialmente. Quase todo o dinheiro direto para os cofres das estatais, principalmente da Petrobrás.

“O que o governo precisa é cortar gastos de custeio para aumentar a capacidade de investimento, porque a nossa infraestrutura é ainda muito deficiente para as nossas necessidades”, opinou o senador Antonio Carlos Júnior (DEM-BA).

Deputados e senadores agora correm contra o tempo. Quarta-feira é o último dia de trabalho no Congresso. Depois disso, férias. Começa o recesso parlamentar.

Se não votar antes do encerramento, ou os parlamentares são convocados para adiar o descanso ou fica tudo para o ano que vem.

“O governo fica sem no início do governo, sem o seu orçamento até fevereiro, quando possivelmente se colocaria uma nova comissão de orçamento”, contou o presidente da comissão de orçamento, deputado Waldemir Moka (PMDB-MS).
 

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