24/05/2011 11h48 - Atualizado em 24/05/2011 13h09

Após reunião com Palocci, líderes negociam Código Florestal na Câmara

Líderes estiveram no Palácio do Planalto, onde se reuniram com Palocci.
Votação do novo Código Florestal está prevista para esta terça (24).

Robson BoninDo G1, em Brasília

Arte Código Florestal 22h 02/05 (Foto: Editoria de Arte / G1)

Após reunião com o ministro-chefe da Casa Civil, Antonio Palocci, os líderes partidários da base aliada estão reunidos no gabinete da liderança do governo na Câmara dos Deputados com o ministro das Relações Institucionais, Luiz Sérgio. Eles tentam chegar a um acordo sobre a redação final do projeto do novo Código Florestal, previsto para ser votado nesta terça-feira (24).

A sessão extraordinária para votar o tema no plenário da Câmara dos Deputados começou por volta das 10h e, enquanto não há acordo, parlamentares utilizam os microfones para tratar de temas diversos.

A reunião com Palocci no Palácio do Planalto foi comandada pelo vice-presidente da República, Michel Temer, que tinha outra agenda nesta manhã, mas adiou o encontro para participar da conversa. Participaram do encontro o líder do governo na Câmara, Cândido Vaccarezza (PT-SP); o líder do PMDB na Casa, Henrique Eduardo Alves (RN); o ministro Luiz Sérgio; e o líder do PMDB no Senado, Romero Jucá (RR).

Não há informações sobre se, durante a reunião no Palácio do Planalto, foi firmado algum tipo de acordo.

Impasse
Depois de superarem a polêmica em torno do artigo que isenta pequenos produtores da obrigatoriedade de recompor reserva legal, os líderes partidários precisam agora resolver o impasse em torno do dispositivo que concede anistia para quem desmatou até julho de 2008.

A medida defendida pelo relator do Código Florestal, Aldo Rebelo, que supostamente anistiaria desmatadores, não agrada a presidente Dilma Rousseff e deve ser barrada caso seja mantida na proposta oficial. Para evitar um futuro veto, as negociações sobre mudanças no texto começaram desde cedo no Palácio do Planalto nesta segunda (23) e deverão se estender durante toda a terça.

 Negociações
Nesta segunda, o líder do governo na Câmara disse que, nas Áreas de Preservação Permanente (APPs) de margens de rios, o governo concordou em exigir de pequenos produtores, com atividades consolidadas em propriedades de até quatro módulos fiscais, a recomposição da vegetação de apenas 20% da área total da terra. A regra era defendida por Rebelo como uma forma de garantir a atividade de ribeirinhos nas margens dos grandes rios.

Vaccarezza também afirmou que as necessidades de mudança no texto de Aldo Rebelo poderiam fazer com que o relatório, já lido no plenário da Casa, tivesse de ser substituído novamente. “Não adianta votar o texto do jeito que está porque a presidente vai ter que tomar as medidas contrárias”, alegou Vaccarezza.

Nesta segunda, ao tomar conhecimento da posição da presidente Dilma de vetar a anistia a desmatadores, Rebelo afirmou que iria enviar uma carta ao Planalto para esclarecer o texto defendido por ele.

“O que a própria imprensa e a opinião pública não têm clareza, quando acusam o meu relatório de propor anistia a quem desmatou, é o que esclareço na carta [que será enviada à Dilma]. Isso não é anistia porque o que proponho é suspensão, inclusive dos prazos das multas até que o proprietário se regularize e converta a sua propriedade dentro das normas legais”, argumenta Rebelo.

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