Edição do dia 03/06/2011

03/06/2011 08h00 - Atualizado em 03/06/2011 13h00

Paulistanos sofrem para voltar para casa após fim da greve dos trens

Os repórteres Ricardo Vital e Neide Duarte acompanharam essa longa jornada pela noite paulistana.

Os ferroviários de São Paulo decidiram suspender a greve da categoria. Mas como os trens só voltaram a circular no final da noite, quem depende do transporte público sofreu para conseguir chegar em casa depois de um longo dia de trabalho. Os repórteres Ricardo Vital e Neide Duarte acompanharam essa longa jornada pela noite paulistana.

Pela estação Barra Funda, onde trens e metrô se interligam, a multidão se posiciona na plataforma do metrô. A repórter Neide Duarte está na fila para compar o passe e ser mais uma na multidão. Ela usa o celular para fazer entrevistas. Ricardo Vital leva uma câmera pequena.

Enquanto o cerco aperta, conversas sobre um dia difícil. Depois de vários trens que passam batidos, chega a hora de os repórteres entrarem. Os homens primeiro.

Momentos de pressão. Eles ficam espremidos e vão todos de braços levantados. São 19h. Eles chegam na estação Sé. No meio da multidão, Maria das Graças viaja junto com a equipe do Bom Dia Brasil. O trabalho dela fica a mais de 50 quilômetros de onde mora. Ela costuma acordar às 4h30, mas acordou às 3h30 por causa da greve, com medo de chegar atrasada.

“Eu entro às 8h30, mas onde eu trabalho tenho que levantar a essa hora mesmo, senão não chego”, diz.

Milagrosamente, ela consegue um lugar para se sentar e vai conversando com Carolina, a passageira ao lado. Dezesseis estações depois, a equipe desce com Maria das Graças e o marido para pegar o ônibus. São 20h30. Lá dentro, gente que acorda cedo todos os dias.

“Acordo às 5h, saio às 6h30 para chegar às 9h. É uma caminhada boa”, diz um homem.

O ônibus leva 40 minutos para chegar ao ponto de Maria. Na porta de casa, ainda não chegou a hora do descanso.

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