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'Torre de Londres', David Luiz ganha apelido no 'Na Estrada com Galvão'

Zagueiro do Chelsea e da Seleção Brasileira recebe o apresentador na capital inglesa, anda no tradicional táxi e fala sobre altura, carreira e vida pessoal

Por Londres

Com apenas 14 anos, David Luiz foi dispensado do São Paulo por conta da sua baixa estatura. Aos18, trocou o Vitória e a terceira divisão do Brasil pelos gramados da Europa. O zagueiro fez sucesso em Portugal com a camisa do Benfica e, com isso, teve uma chance na Seleção Brasileira. Ainda desconhecido para grande parte dos brasileiros, ganhou prestígio e foi contratado pelo Chelsea, da Inglaterra. Em pouco tempo conquistou a vaga no time titular e os torcedores dos Blues. Do alto do seu 1,89 metro, David Luiz recebeu o "Na Estrada com Galvão" na capital inglesa e ganhou um apelido carinhoso do apresentador: "Torre de Londres".

- Posso te botar um apelido? Você tem quase 1,90 metro, é alto, tem postura, é elegante jogando, está cada dia mais importante, joga em Londres: "Torre de Londres", valeu? - brincou Galvão Bueno, fazendo referência a um dos principais pontos turísticos da cidade.

Além de chamar a atenção por conta da altura e a habilidade com os pés direito e esquerdo, outra marca registrada do zagueiro é a vasta cabeleira, que já lhe rendeu a comparação com um brasileiro que faz sucesso no basquete da NBA: Anderson Varejão.

- Tenho 1,89 metro mais o cabelo. Deixei crescer em Portugal por causa do frio e de repente virou moda, virou uma imagem de marca. Depois teve essa comparação com o Anderson (Varejão) e fiquei feliz porque é uma pessoa vitoriosa.

A conversa com David Luiz começou com um passeio em um dos tradicionais e charmosos táxis ingleses. Mas foi às margens do rio Tâmisa, em frente ao Parlamento Inglês e à Torre de Londres, que o brasileiro falou sobre sua carreira, família, estrutura do Chelsea e ídolos no esporte.

Na Estrada com Galvão bueno David Luiz  (Foto: Reprodução/TV Globo)Tradicional táxi inglês com adesivo da 3ª temporada do 'Na Estrada com Galvão' (Foto: Reprodução/TV Globo)

Confira trechos da entrevista com David Luiz:

Ídolo e referência: pai e Kaká

"Meu pai vai ser meu ídolo eternamente. Mas no futebol, hoje, quem eu admiro e vou sempre admirar é o Kaká, por inúmeros motivos, como pessoa, jogador. Tenho certeza que ele vai superar esse momento que está passando e vai ser exemplo para muita gente."

Carreira na Europa e reconhecimento no Brasil

"Aconteceu tudo muito cedo na minha vida. Com 18 anos vim para a Europa, pulando etapas e fases de uma carreira normal. Saí da terceira divisão no Brasil, com o Vitória, para jogar em alto nível na Europa. Então eu sabia que esse reconhecimento no Brasil não viria tão facilmente. Agora, na Seleção Brasileira, as coisas estão mudando."

David Luiz com Galvão Bueno (Foto: Reprodução / TV Globo)Galvão Bueno e David Luiz na beira do Tâmisa
(Foto: Reprodução / TV Globo)

Pés no chão e vida pessoal

"Tenho que aproveitar. A carreira vai passar, minha vida vai continuar, assim como eu era um mero desconhecido que nasceu em Diadema (SP). Uma pessoa simples e humilde e vou continuar sendo assim. Tenho que aproveitar hoje o privilégio de ter a melhor profissão do mundo, onde faço o que amo e ganho bem para isso. Por outro lado, tenho que saber lidar com esse privilégio de ter tudo nas mãos de uma forma muito rápida, mas se perde tudo muito rápido também. Então procuro investir e pensar no futuro."

Família

"Tive a sorte de ter pais professores, formados em pedagogia, e por isso sempre me instruíram da melhor maneira, mostrando o lado bom e o ruim da vida e o que eu deveria fazer. Nunca me forçaram a nada e me abriam os olhos com a experiência que têm. Isso tudo vem da minha criação, dos meus princípios, e o ser humano é reflexo daquilo que representa para a sociedade."

Estrutura no Chelsea

"Com a estrutura que o Chelsea tem, uma das melhores do mundo, tem que saber desfrutar disso. Não vou estar no clube uma ou duas horas, podendo estar cinco ou seis para evoluir, me aperfeiçoar."

Brasileiros na Inglaterra

"O brasileiro, o sul-americano em si é a melhor matéria-prima do futebol, eles (ingleses) falam isso. Mas taticamente a Europa é muito mais evoluída. Hoje em dia tudo está mais próximo, o jogador brasileiro chega na Europa mais pronto, está mais parecido com o europeu, o inglês. A parte física aqui na Inglaterra é o grande diferencial."