Edição do dia 30/07/2011

01/07/2011 00h37 - Atualizado em 01/07/2011 01h28

Cresce número de pessoas contratadas para trabalhar em casa

Segundo a Associação Brasileira de Recursos Humanos, o número de funcionários "home based" tem crescido 5% ao ano. Empresas querem transmitir qualidade de vida para as pessoas sem perder a produtividade.

A operadora de call center Maria Antonieta Almeida tira dúvidas de clientes, remarca passagens, resolve problemas. Todos os dias, ela se senta diante do computador às 18h55. A operadora de call center, de uma companhia aérea, nunca se atrasa porque trabalha em casa.

Os atendimentos, o resultado, o tempo para resolver o problema, tudo fica registrado. Não dá pra matar serviço. “Não tem como. De jeito nenhum”.

Enquanto ainda precisava ir para a empresa, ela gastava cinco horas por dia no trânsito. Vivia cansada. Mal via os filhos. Agora, dá até para tomar um café na família na hora do intervalo.

“É o dia a dia da dona de casa, mas naquele final de tarde eu vou trabalhar sabendo que eu deixei o dia resolvido com todas as coisas nos lugares nada pendente tudo resolvido”, diz a operadora de call center.

Até o fim do ano, metade dos 2.200 mil funcionários do call center de uma empresa serão mandados para casa. No bom sentido.

“A gente consegue ver que ele é mais rápido, mais produtivo, e depois de pesquisas a gente percebe que o cliente é mais bem atendido por quem esta em casa”, fala o diretor de comunicação da Gol, Hélio Muniz.

A mudança acontece longe dos olhos do público. A estrutura quem tem contato direto com o cliente continua a mesma. Alguns funcionários, por exemplo, não vão ter a vida boa de trabalhar em casa. Mas quando é possível, muitas empresas têm feito essa opção.

Segundo a Associação Brasileira de Recursos Humanos, o número de funcionários "home based" - aqueles que trabalham em casa - tem crescido 5% ao ano.

“As empresas estão procurando alternativas para não perder a produtividade, mas também ao mesmo tempo transmitir tranquilidade e qualidade de vida pras pessoas”, explica o diretor de projeto da Robert Half Internacional, Sócrates Melo.