08/06/2011 15h41 - Atualizado em 08/06/2011 15h50

Filha diz que babá flagrada agredindo criança em SP está em depressão

Polícia Civil abriu inquérito para investigar as agressões em Andradina.
Pais não desconfiavam da violência da mulher e se dizem chocados.

Do G1 SP, com informações da TV Tem

A filha da babá flagrada por câmeras agredindo um bebê de apenas 7 meses em Andradina, a 627 km de São Paulo, disse que a mãe não costuma agredir crianças e que está passando por uma crise de depressão.

A Polícia Civil abriu um inquérito para apurar as agressões da babá contra a criança. A denúncia foi feita pela família. Os pais, que não desconfiavam que a babá era violenta com a menina, estão chocados.

A mulher de 58 anos havia sido contratada dois meses atrás. Segundo a mãe da menina, ela parecia carinhosa com o bebê e com o outro filho do casal, um menino de 2 anos e meio que tem síndrome de Down. “Na verdade, na nossa frente ela demonstrava muito carinho por eles. Ela sempre foi uma pessoa meio nervosa, meio estopim curto, vamos dizer assim. Mas nunca demonstrou nenhuma agressividade com eles, não na nossa frente”, afirmou Cristiane Mazoti, mãe da criança.

As imagens foram feitas pelo circuito interno de segurança. A babá foi avisada que havia câmeras na casa. Mesmo assim, ela trata a criança de maneira rude. Em uma imagem feita na cozinha, a mulher força a menina a abrir a boca. Em seguida, dá um tapa na criança. Em outra imagem, ela bate nas pernas do bebê com um arame do carrinho. As agressões também acontecem na hora de fazer a criança dormir.

Os pais procuraram a polícia. “Isso não pode ficar impune. O que não quero para os meus filhos não quero que façam com outras crianças também, porque a gente vê isso ocorrendo várias vezes e a gente nunca imagina que pode acontecer com um filho da gente”, afirmou Marcos Lacerda, pai da menina.

As imagens surpreenderam o delegado Paulo César Ferreira, que recebeu a denúncia. Segundo ele, o caso será encaminhado para a Delegacia da Mulher, e a babá poderá ser indiciada por maus-tratos ou tortura. A pena pode chegar a oito anos de prisão.

Ele disse que a gravação será uma peça fundamental para comprovar a violência. “Em geral, as pessoas noticiam a agressão contra alguém, mas a gente sempre precisa de testemunhos, para poder demonstrar autoria do crime. Na medida em que a gente tem imagens que demonstram o fato, isso dá uma garantia, uma certeza maior, do que aconteceu”, disse o delegado. A babá ainda não foi intimada a depor.

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