Quem vê o cochilo preguiçoso do pequeno Henrique na redinha feita especialmente para ele, nem imagina como a criança era agitada. O bebê nasceu prematuro e com insuficiência respiratória.
“É uma criança que desde muito cedo apresenta um percentual de irritabilidade maior. Então, a única forma que se consegue acalmá-lo, depois do colo da mãe é a rede", afirma Rosinete Fernandes Brito, coordenadora do Serviço de Fisioterapia.
A técnica é usada em dois hospitais de Maceió e tem dado resultado. De acordo com os médicos e fisioterapeutas, uma das vantagens é a diminuição da quantidade de glicose, tradicionalmente usada para acalmar os bebês.
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“Traz benefícios porque você não corre o risco de levar essa criança a um distúrbio de glicemia que, porventura, ela não teria que ter passado", garante Rosinete.
Como Henrique, as outras crianças dormem como anjinhos e a UTI fica em silêncio.
A fisioterapeuta Gabriela Noya explica como uma ideia tão simples pode trazer tantos benefícios. “Ameniza o sofrimento porque a redinha simula o espaço intra-útero da criança. O tempo que ela passou, os nove meses com a mãe, está simulando esse espaço intra-uterino. Então, também ajuda no desenvolvimento neuropsicomotor da criança".
O tecido das redes evita alergias ou infecções nos bebês. Para se alcançar bons resultados, bastam duas dormidas ao dia, de 50 minutos.
De acordo com os médicos, a soneca terapêutica pode ajudar a combater possíveis sequelas causadas pelo parto prematuro. “Esta técnica agrega cuidados que minimizam o estresse e que, com certeza, facilitam e contribuem para que ele tenha menos complicações, menos sequelas para a vida adulta", afirma Junko Asakura, pediatra.