Edição do dia 23/08/2011

23/08/2011 21h55 - Atualizado em 23/08/2011 21h55

Praças internados podem ter sido vítimas de vírus da gripe, diz Marinha

A Marinha voltou a negar que os praças tenham ficado sem água durante o treinamento. Treze pessoas permanecem internadas.

A Marinha identificou o vírus da gripe em recrutas que precisaram ser hospitalizados, no Rio de Janeirox. Desde a semana passada, foram 65 praças e instrutores.

Mais oito pessoas deram entrada no hospital naval de segunda (22) para terça (23): cinco recrutas, dois instrutores e até um integrante da equipe médica.

Nesta terça-feira (23), foi divulgado o resultado das primeiras análises feitas nos jovens que passaram mal em um curso de formação de fuzileiros navais. Para os médicos da Marinha, a causa mais provável da internação coletiva é o vírus influenza B, um tipo de vírus da gripe.

“Dos 12 exames colhidos ate o momento, 7 são positivos para influenza B, doença de transmissão respiratória, que não tem qualquer ligação com atividade física ou com transmissão pela água”, explica André de Lorenzi, médico da Marinha.

Defensores públicos da União que acompanham o caso propuseram um termo de ajustamento de conduta à Marinha: querem que o aviso às famílias de recrutas, em casos de internação, seja feito no máximo em 24 horas e pedem que a vacinação contra a gripe seja antecipada.

“Que ela seja realizada na primeira semana do curso, justamente para evitar um caso desses. Como foi na terceira semana, o estrago acabou sendo feito”, destaca o defensor público André Ordacgy .

A Marinha voltou a negar que os praças tenham ficado sem água durante o treinamento. “Todos eles eram quase que obrigados pelos instrutores a estar o tempo todo com seus cantis abastecidos e sempre se hidratando”, afirma Eder Sampaio, comandante do centro de treinamentos.

O paciente mais grave, o recruta Leonardo Rodrigues, teve uma pequena melhora. Com quadro de pneumonia e respirando por aparelhos, ele voltou a se comunicar com a família.

“Para quem o viu quase morto, só mexendo os olhos, hoje, para a gente, ele está vivo, nasceu novamente”, diz Leandro Rodrigues, irmão de Leonardo.

Treze pessoas permanecem internadas.