Série ASérie BEuropa

- Atualizado em

Moicano? Clone de Elano foge do óbvio e aposta na onda dos cachos

Também volante do Santos, jovem Juninho Citta impressiona pela semelhança com jogador da Seleção tanto no estilo quanto fisicamente

Por Direto de Apucarana, Paraná

header Geração Moicano 2 (Foto: Montagem)

No meio de dezenas de cortes moicanos, cachos dourados chamaram a atenção na Copa Brasil Sub-15, disputada no mês de julho, no interior do Paraná. Membro de uma geração marcada pela idolatria, muitas vezes sem limites, por Neymar, o volante Juninho Citta, do Santos, fugiu do óbvio. Nada de extravagâncias capilares ou acessórios da moda, ele se destaca por ser o “clone” mirim de Elano.

Traços faciais, posição em campo e cabelo. A semelhança entre os santistas é impressionante. E até mesmo o próprio jogador titular da Seleção Brasileira na última Copa do Mundo já se rendeu ao fato em encontros pelos corredores da Vila Belmiro, como revela o próprio “Elaninho”.

- Todo mundo fala que sou igualzinho. Até ele mesmo. Nos conhecemos pela semelhança e desde então ele sempre me procura, troca ideias, aconselha. É bem legal, é divertido. Não me importo. Procuro seguir os passos dele dentro e fora de campo.

Montagem Elano Elaninho Santos (Foto: Pedro Veríssimo / Globoesporte.com)Cópias quase idênticas: Elano no profissional e no Sub-15 (Foto: Pedro Veríssimo / Globoesporte.com)

Nascido em Ribeirão Preto, o jovem ganhou o apelido justamente na competição em que se destacou e o levou ao Peixe. Então aluno de um dos núcleos da escolinha “Meninos da Vila”, Juninho Citta foi convocado para a equipe infantil do clube e, de quebra, ganhou o apelido.

- Sempre tive o cabelo igual ao dele, mas só passaram a falar que eu era parecido em 2008. Foi quando disputei a Copa Meninos da Vila (competição que reúne escolinhas do Santos). O pessoal começou a me chamar de Elano, e eu gostei.

A coincidência fez ainda com que a promessa mudasse de posição. Tanto para ter maiores oportunidades na equipe quanto para trilhar os mesmos passos de quem chama de inspiração, mas não de ídolo.

- Cheguei ao Santos como meia. Só que um treinador precisava de volante e me colocou para jogar ali. Ele aprovou, e eu gostei também. Até facilita na comparação com o Elano (risos).

Inspiração dentro e fora de campo

Elaninho Santos (Foto: Cahê Mota / Globoesporte.com)Elaninho foi reserva durante a Copa Brasil Sub-15
(Foto: Cahê Mota / Globoesporte.com)

Se na aparência a semelhança surgiu naturalmente, Juninho, que foi reserva do Santos durante toda a campanha do título da Copa Brasil, tenta se aprimorar para parecer com Elano também em campo.

- Gosto muito do passe dele, da finalização, cobranças de faltas... Também dizem que o jeito de bater na bola é parecido com o meu.

Sobre o famoso pênalti perdido pelo “clone” nas quartas-de-final da Copa América, contra o Paraguai, o jovem tratou uma comparação com bom humor. Apesar de garantir ser um bom batedor, “Elaninho” admitiu também já ter desperdiçado penalidades da mesma maneira.

- (Risos) Se sou melhor, não sei, mas me considero um bom batedor de pênaltis. Pelo que lembro, em jogos oficiais só perdi duas cobranças: uma na trave e…outra para fora.

Acostumado a receber conselhos de Elano nos encontros pela baixada santista, o garoto inverteu os papéis e tentou dar força ao “tio” no retorno ao Santos.

- Sei lá. É meio difícil falar alguma coisa. Mas diria para ele ficar tranquilo, que não tem culpa pela eliminação. Errar pênalti, infelizmente, acontece. Agora, é trabalhar para ajudar o Peixão.

Nem promessa coloca fim nos cachos

Eu tinha brincado na Copa Brasil que, se fôssemos campeões, iria fazer um moicano. Mas depois pipoquei. Não tem jeito, não. Sou mais meus cachinhos mesmo (risos)"
Juninho Citta, clone de Elano no Santos

Campeão nacional com a camisa do Santos, Juninho chegou a prometer aos companheiros que abandonaria temporariamente o “estilo Elano de ser” para entrar na onda dos moicanos. Com a taça nas mãos, porém, a realidade foi diferente:

- Eu tinha brincado na Copa Brasil que, se fôssemos campeões, iria fazer um moicano. Mas depois pipoquei. Não tem jeito, não. Sou mais meus cachinhos mesmo (risos).

A firmeza nas palavras talvez se deva ao sucesso que o perfil tem feito fora dos campos. Ainda com 15 anos, Juninho revela que o assédio já é grande nas ruas.

- O assédio da mulherada já acontece, é bom, mas tem que ficar esperto com as Marias Chuteiras (risos). Meu pai conversa bastante comigo com relação à mulherada, até o próprio Elano. Procuro ficar tranquilo.

Enquanto muitos tentam ser Neymar, a geração moicano já tem seu Elano. E esse é intocável.