Edição do dia 21/07/2011

21/07/2011 14h37 - Atualizado em 21/07/2011 14h43

Curso de etiqueta na internet ensina boas maneiras para usuários

A linguagem na web é diferente, mas é preciso cuidado, pois a informalidade pode gerar problemas no ambiente de trabalho.

Glória VaniqueSão Paulo

Quem nunca usou o computador da empresa também para assuntos pessoais, mandou emails com piadas ou abreviou as palavras nas mensagens?

Numa agência de publicidade, onde todas as redes sociais são liberadas, cada um tem responsabilidade sobre o que publica. “Aqui nunca teve problemas de pessoas criticando o chefe. Eu sou da filosofia que as pessoas têm que usar o bom senso”, declara o vice-presidente.

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O difícil é saber o limite do bom senso. Uma brincadeira na rede acabou em demissão numa empresa que trabalha com hospedagem de páginas na internet. Um diretor escreveu um comentário num microblog durante um jogo de futebol, xingando o time adversário.

“Começou a ter ataques não só pelo fato dele morar em tal lugar, ser casado com não sei quem, revelar endereço, mas também a ataques com relação a empresa em que ele trabalhava”, conta René de Paula, especialista em mídias sociais.

O assunto é sério mesmo e como cada vez mais as pessoas estão dependentes da internet nas suas funções, já existe até um curso específico para treinar quem está entrando no mercado de trabalho. Os alunos aprendem a lidar com a internet no ambiente profissional. É o chamado curso de etiqueta digital.

O aluno faz o curso pela própria internet. Lá, ele aprende a se comportar, sem cometer gafes ou se envolver em situações constrangedoras.

Preste atenção a essas dicas:

- Evite informações abreviadas, que dificultem o entendimento.
- Ao digitar uma mensagem seja claro, objetivo e respeite a ortografia e a gramática.
- Evite baixar arquivos que não tenham nada a ver com o trabalho,
- Evite expor fotos em situações constrangedoras ou fazer comentários maliciosos.

Qualquer atitude deselegante pode queimar uma imagem profissional. A postura também é muito importante e deve ser a mesma dentro e fora do ambiente de trabalho.

“Cuidado com as comunidades que você vai participar, como aquelas do tipo ‘odeio meu chefe’, ‘não gosto de trabalhar’, isso pode pegar mal pra sua imagem”, orienta Rosa Maria Simone, supervisora de educação do CIEE.

“Não importa o seu papel na empresa, você é um porta voz onde quer que você esteja”, alerta o especialista.