Edição do dia 17/08/2011

17/08/2011 08h38 - Atualizado em 17/08/2011 08h38

Vendas de porta em porta deixam livro mais perto do público

Preços baixos e venda de obras em catálogo estimulam leitura e impulsionam mercado editorial. Vendas cresceram 13,12%, diz pesquisa.

Uma boa notícia. O brasileiro está lendo mais. O motivo? O preço caiu. O livro está chegando cada vez mais perto do leitor. O livro está literalmente indo até os leitores. As vendas de porta em porta impulsionaram muito o mercado editorial e levaram para uma larga faixa da população esse mundo novo e fantástico.

Quando começou a trabalhar com venda direta, Márcia Cavalheira só levava cosméticos para as amigas. A oferta de livros veio depois. Aos poucos, ela foi convencendo as clientes a gastar com leitura.

“Dá para fazer esse complemento. Eu uso também muito livro como sugestão de presente. Acredito que o livro são presentes difíceis de se errar”, comenta a vendedora Márcia Cavalheira.

“Todo mundo agora tem condições de comprar. Tendo junto com o catálogo, é mais fácil ainda, porque você aproveita, você compra para ler, para dar de presente”, diz a advogada Cristina Amatto.

Uma pesquisa do setor mostra que a venda porta a porta tem ajudado o país a ler mais. Em 2010, o brasileiro comprou mais livros do que em 2009. As vendas cresceram 13,12%. Livrarias (40,51%) e distribuidoras (22,55%) foram as que mais se destacaram. A terceira posição foi ocupada pelas vendas via catálogo (21,66%).

Mas não foi só o crescimento da venda direta que influenciou o resultado. A pesquisa também apontou que houve uma queda no preço médio dos livros. Isso ajudou os leitores, que passaram a ter um acesso maior às publicações.

“Estão fazendo livros em edições mais baratas, com uma qualidade um pouco mais baixa, para atingir um número maior de pessoas. Tem forçado algumas editoras que cobravam mais caro a baixar o preço”, afirma o analista de compras Diego Dalapria Blanco.

Livros didáticos, religiosos e os de literatura adulta e infantil foram os mais procurados. “O acesso ao livro está crescendo, a demanda, o acesso à leitura. Aquilo que a gente achava, que brasileiro não lê, que não está ‘nem aí’ para livro, isso está mostrando que tem uma tendência de inversão”, aponta Karine Pansa, presidente da Câmara Brasileira de Livros.

O preço do livro caiu. No ano passado, os preços dos livros ficaram, em média, 4,5% mais baixos. É pouco, mas já é um começo e está dando resultado.
 

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