Edição do dia 29/08/2011

29/08/2011 07h57 - Atualizado em 29/08/2011 07h57

SP: PM investiga origem dos tiros que atingiram torcedores em estádio

O torcedor Roberto Vieira de Castro continua em estado grave. Outro torcedor baleado, identificado como Lucas, está internado em observação.

No interior de São Paulo, a violência antes do jogo entre Palmeiras e Corinthians terminou com dois jovens baleados após uma confusão entre torcedores. A polícia investiga se os tiros partiram da arma de um dos PMs que trabalhavam no clássico ou se os tiros foram disparados por torcedores. A segurança para o jogo Corinthians e Palmeiras foi reforçada, mas isso não impediu a confusão.

Os ônibus das torcidas organizadas de Corinthians e Palmeiras foram escoltados pela Polícia Militar até presidente Prudente, mas o reforço na segurança não impediu a confusão. Dois torcedores do Palmeiras foram baleados antes de o jogo começar.

“Nós não sabemos se os disparos foram efetuados por policiais militares ou pelos próprios torcedores. Nós efetuamos disparos com munição de elastômero, a munição de borracha, justamente, para dispersar esses torcedores. Pouco tempo depois, apareceram dois torcedores da torcida organizada do Palmeiras com ferimentos de munições aparentemente reais”, contou Thiago César, tentente da Polícia Militar.

No local, foram apreendidos pedaços de paus e pedras. Nenhuma arma de fogo foi encontrada. “Houve denúncias de que torcedores da organizada do Palmeiras estariam armados, mas nós não localizamos nenhum armamento até o momento”, lembrou Thiago César, tentente da Polícia Militar.

Um dos torcedores ficou em estado grave. Roberto Vieira de Castro Filho, de 22 anos, é de Itapetininga, no interior de São Paulo. Ele saiu da cidade no sábado (27) à noite em um ônibus com outros 17 torcedores para assistir ao clássico.

A primeira informação sobre o estado de saúde de Roberto foi dada ao amigo William Caiares. "Passaram informações para nós que tinha sido bala de borracha. Só que a gente começou a ligar e eles falaram que era bala de verdade”, lembrou.

Assim que soube que o sobrinho foi baleado, dona Ely entrou em estado de choque e não quis gravar entrevista. A tia, que mora com o jovem, disse que Roberto é apaixonado por futebol e sempre fez questão de acompanhar de perto o time.

“É triste. Você sair para assistir ao jogo, uma recreação, tem famílias que vão ao estádio, e acontecer uma coisa dessas”, disse Frederico dos Santos, amigo de Roberto.

O torcedor Roberto Vieira de Castro continua em estado grave. O outro torcedor baleado, identificado apenas como Lucas, está internado em observação.
 

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