A direção do Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu) abriu sindicância nesta sexta-feira (30) para apurar por que o aposentado Lourenço Mendonça, de 80 anos, foi levado para o Hospital Geral de Vila Nova Cachoeirinha, na Zona Norte de São Paulo. O idoso ficou na porta do hospital por mais de uma hora deitado na maca, sem receber atendimento. A direção do hospital afirmou ter avisado, com antecedência, que não poderia atender pacientes.
O aviso, divulgado apenas nesta sexta, foi escrito à mão em um receituário na quarta (28) e não tem horário de envio do fax. O papel diz o seguinte: “Solicito por gentileza restringir o envio de pacientes graves por excesso de ocupação de leitos no setor de emergência”. O diretor do hospital disse que, mesmo assim, o atendimento não deveria ter sido negado.
“Estou indignado realmente pela forma que foi conduzido. Nunca aconteceu isso e nenhum de nós, dos 1.200 funcionários que a gente conversa, ninguém está satisfeito com esse tipo de postura”, afirmou Antônio Jorge Martim, diretor de departamento do Hospital Geral de Vila Nova Cachoeirinha.
O idoso condenou a atitude do médico. “O médico não tinha outra opção se não atender o paciente. É o juramento que ele faz quando é diplomado. Agora eu, com 80 anos, ali jogado às traças. Não é possível uma coisas dessas”, disse.
O hospital também instaurou uma sindicância para apurar o procedimento da equipe.