O engenheiro Luciano Silva Souza tinha um bom cargo e um bom salário, mas decidiu jogar tudo para cima, e recomeçar ganhando metade do salário.
“Um monte de gente me criticou, você é louco, mas na verdade não era o salário que eu estava visando, estava visando ser feliz profissionalmente, que é o que todo mundo busca”.
Mas ele não é exceção. Pesquisa com 15 mil entrevistados, com até 40 anos, mostrou que para 65% deles o salário não é o fator mais importante na hora de escolher uma vaga.
Para essas pessoas, o que mais pesa na decisão são as oportunidades de crescimento na carreira. Depois vem estabilidade, benefícios e chances de aprender.
Quando o assunto é benefício, a pesquisa indica que a maioria dos entrevistados prefere dinheiro a mais no bolso. A participação nos lucros está à frente do plano de saúde e do vale-refeição.
A psicóloga Elaine Saad confirma o que a pesquisa mostrou. “Não é necessariamente só com salário que você segura todas as pessoas, porque salário é uma decisão de curto prazo, depois que passa a empolgação do início, do aumento e a pessoa não tem o resto do entorno que ela gostaria para ficar feliz, ela abandona ou acaba se sentindo muito insatisfeita naquele emprego”.
Além disso, o estudo mostrou também que muita gente não está contente com o emprego atual. Não é o caso do Luciano. “Valeu demais foi a melhor coisa que eu fiz na minha vida”.