Edição do dia 09/11/2011

09/11/2011 14h31 - Atualizado em 09/11/2011 14h49

Medicina, engenharia e direito são os cursos mais disputados no vestibular

As profissões estão se dividindo em várias especializações e abrindo novas oportunidades de emprego no país. Saiba mais sobre estes três cursos.

O caminho é longo para ser chamado de doutor. São seis anos de curso para se tornar clinico geral, mas se quiser se especializar são em média mais dois anos de residência.

No curso de medicina, são mais de 20 tipos de especialização. Independentemente de qual for a escolhida, a porta de entrada para o mercado de trabalho são os prontos socorros e as unidades de emergência.

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Marina vai fazer vestibular para medicina. Dos 17 mil alunos matriculados por ano, 12 mil completam o curso. Ela foi se informar sobre as áreas de trabalho em que poderá atuar. Conheceu os consultórios do Hospital das Clinicas de Campinas. O atendimento em consultório é a escolha mais comum entre os médicos.

“As áreas de apoio ao diagnóstico, relacionados à imagem, seguramente têm crescido pelo grande desenvolvimento tecnológico. Radiologia com exames como ressonância nuclear magnética, tomografia, a própria medicina nuclear tem sido bastante procuradas pelos estudantes após se formarem”, afirma Wilson Nadruz, coordenador da faculdade de medicina da Unicamp.

“Na unidade de terapia intensiva existe a necessidade de se dar muito plantão e a vida na terapia intensiva não costuma ser uma vida muito fácil”, diz Nadruz.

O interesse maior de Marina é pela cirurgia. “É uma área muito eclética, é um foco de muito interesse e concorrência apos o término de graduação em medicina”.

Tem ainda a carreira acadêmica, desenvolver pesquisas e ensinar novos médicos. Vale lembrar que esta é apenas uma amostra do que os estudantes de medicina vão enfrentar. A disputa é acirrada. Só na Unicamp, por exemplo, são 114 candidatos por vaga.

A concorrência também é grande para quem tenta o vestibular de engenharia. A civil, a mais disputada chega a 44 candidatos por vaga nas maiores universidades do país. Na maioria dos cursos, é preciso ter facilidade em três disciplinas:

As três disciplinas básicas do curso atrasam muitas formaturas. Em média, só 25% dos estudantes se formam nos cinco anos previstos. Segundo o Ministério da Educação são 53 tipos de curso na engenharia e dos cerca de 400 mil se inscrevem todos os anos em engenharia, apenas 40 mil se formam.

“Hoje na minha sala, das 90 que entraram, tem 18 pessoas que ficaram”, conta Bruno Gabrich, 21 anos - 8º período engenharia mecatrônica.

Quem persiste consegue estágio com salário de mais de mil reais, cada vez mais cedo. “Eu comecei a fazer estágio eu estava no quinto período, e hoje eu estou no sétimo período, contratado”, afirma Igor Marcellus Rezende Teodoro, auxiliar de engenharia.

Natália Cota Silveira também saiu faculdade empregada, hoje é chefe de 75 homens em uma fábrica de automóveis e dá uma dica. “Onde eu estudei, ofereciam-se várias bolsas de iniciação científica, que é muito interessante, conta bastante paro currículo”, diz engenheira mecânica.

“Há grandes obras em andamento no país, há a preparação da Copa do Mundo, pra olimpíadas e isto tudo mexe com as áreas de engenharia. Esta demanda por engenheiros vai ser muito grande nos próximos anos”, diz Flavio Santos, diretor do Cefet Minas.

Lucas Porto, de 17 anos, optou por direito. São cinco anos de curso. Por ano 650 mil alunos se matriculam, mas apenas 87 mil se formam. O juiz Pablo Stoem tirou algumas dúvidas do estudante.

Quem faz direito, segundo o especialista, não precisa decorar todas as leis. O estudante ou profissional pode consultá-las nos códigos e livros.

O direito é dinâmico e há sempre novas áreas de atuação. “Direito das relações eletrônicas, direito ambiental, relações cibernéticas. Hoje a atualização é muito importante", afirma.

Depois de concluir o curso, o profissional tem várias opções de carreiras para seguir.
"Além das carreiras mais conhecidas, como promotor, juiz, advogado, você tem diversas outras carreiras: procurador do município, procurador do estado, advogado da União, Ministério Público Federal.

É preciso fazer concurso para estas carreiras. Já para ser advogado tem que passar no exame da Ordem dos Advogados do Brasil. No exame deste ano apenas 15% dos candidatos foram aprovados.