Edição do dia 16/01/2012

16/01/2012 08h00 - Atualizado em 16/01/2012 12h43

Combinação entre álcool e motos tem efeito fatal, diz Alexandre Garcia

Colunista fala sobre a denúncia do ‘Fantástico’. A combinação de motos com bebida resulta em incontáveis casos de imprudência no Nordeste.

Uma mistura está tirando a vida de centenas de brasileiros pelas estradas do país. O Fantástico exibiu no último domingo (15) flagrantes de motociclistas que bebem e pilotam sem a menor preocupação com a segurança. Quase metade dos acidentes já tem como principal causa o álcool.

O problema é ainda mais grave no Nordeste. Das quase 20 milhões de motos no Brasil, 35% foram compradas no Nordeste. No Piauí, quase metade das mortes no trânsito acontecem com pessoas que estavam de moto.

O Fantástico mostrou também que o nordestino do interior trocou o cavalo e o jegue pela moto – moto sem placa, dono sem habilitação, sem capacete e sem limite de bebida. Montado no cavalo ou no jegue, que têm quatro patas, um equilíbrio mínimo do cavaleiro embriagado o mantém a salvo sobre a montaria, que conhece o caminho de casa.

Agora na moto é diferente. Acontece como ocorreu com o Vicente diante das câmeras, depois de passar seis horas bebendo. Se álcool não combina com direção em veículo de quatro ou mais rodas, imagine em moto ou bicicleta. Essa matança em moto acontece no país inteiro. Nas grandes cidades, os motoqueiros vêm sendo dizimados.

Dizem os especialistas que todo acidente com moto é grave. Quando não há morte, há sequelas graves ou invalidez permanente. Como a moto é inevitável nesse horrível trânsito brasileiro e a habilitação é falha, o que é preciso é transformar o motoqueiro em piloto – em benefício de sua própria vida e dos outros.
 

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