29/09/2014 13h47 - Atualizado em 29/09/2014 15h37

'Talvez, nem precise', diz Alckmin sobre uso da 2ª cota do volume morto

Na quinta, secretário disse que, sem chuva, cota atual acaba em novembro.
Alckmin diz que, se preciso for, Cantareira ainda tem 118 bilhões de litros.

Tatiana SantiagoDo G1 São Paulo

Alckmin e Serra visitaram estação de tratamento. (Foto: Tatiana Santiago/G1)Alckmin e Serra visitaram estação de tratamento. (Foto: Tatiana Santiago/G1)
 

O governador e candidato à reeleição Geraldo Alckmin (PSDB) voltou nesta segunda-feira (29) a afirmar que o pior do período de seca já passou e afirmou que espera não usar a segunda cota do volume morto.

Na quinta-feira (25), secretário de estadual de Recursos Hídricos de São Paulo, Mauro Arce, afirmou nesta quinta-feira (25) que o atual volume de água do Sistema Cantareira só abastece a população até 21 de novembro caso não chova.

Questionado se será preciso utilizar a segunda cota do volume morto do Cantareira, Alckmin  disse acreditar que talvez não seja necessário. "Nós achamos que, talvez, nem precise. Se precisar terá mais 118 bilhões de litros preparados", disse.

Segundo Alckmin, o período pior da seca já passou. "O ritmo da queda está caindo. Vou dar um exemplo, o Alto Tietê subiu 0,6 com uma chuva", argumentou.

O secretário de Recursos Hídricos Mauro Arce evitou dizer até quando dura a água do Sistema Cantareira. "Eu não vou falar em números, mas como o governador falou se precisarmos usar [volume morto] estamos prontos", declarou.

Alckmin visitou nesta manhã a ETA (Estação de Tratamento de Água) em São Bernardo do Campo, na Grande São Paulo, e anunciou novas medidas para minimizar a crise hídrica no Sistema Cantareira através da substituição de sistemas para o abastecimento de água.

A partir desta segunda, o Sistema Rio Grande passa a disponibilizar o equivalente a 5,5 metros cubicos por segundo, mais meio metro cúbico por segundo de água, o que corresponde a 500 litros por segundo.

"Uma água importantíssima porque ela vai substituir alguns bairros do ABC, que eram atendidos pelo rio Claro. E aí o Rio Claro abastece a região da Zona Leste de São Paulo, a Vila Alpina, e com isso libera o Cantareira", afirmou Alckmin.

O aumento da produção de água para abastecimento no reservatório Rio Grande foi possível após a entrega de uma obra da Sabesp, avaliada em R$ 23 milhões e realizada em 3 meses.

De acordo com o governador, em 30 dias o sistema Guarapiranga passará a produzir um metro cúbico por segundo e irá abastecer novas regiões de São Paulo que antes eram abastecidas pelo Cantareira. Segundo o governador, o aumento de produção em 1,5 metro por segundo daria para abastecer uma cidade de 450 mil habitantes. Antes da crise, eram retirados 33 metros cúbicos por segundo do Cantareira e hoje são 19. "Vai reduzir ainda mais essa dependência", disse.

O candidato à reeleição do Palácio dos Bandeirantes prometeu novos investimentos para minimizar a falta de água e citou a PPP de São Lourenço.

Shopping
    busca de produtoscompare preços de