Familiares e amigos se despedem de Ada Chaseliov em cremação em SP

Familiares e amigos da atriz Ada Chaseliov, morta aos 63 anos, vítima de um linfoma, se reuniram na manhã desta quarta-feira, 28, no cemitério Vila Alpina, em Vila Prudente, Zona Leste de São Paulo. Não houve velório, apenas uma breve cerimônia de despedida antes da cremação do corpo da artista.

Cerimônia de despedida de Ada Chaseliov
(Foto: Rodrigo Soares/EGO)

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Na cerimônia, tocou a música "Beatriz", de Chico Buarque, na voz de Claudio Botelho, diretor de vários musicais em que a atriz atuou, como "A Noviça Rebelde", "Um Violinista no Telhado" e "Gyspsy". Após a canção, os presentes aplaudiram muito.

"Ela descansou, isso me conforta. Ela parou de sofrer, é um alívio", disse a filha única de Ada, Mila Chaseliov, ao EGO, após a cerimônia. A publicitária, de 34 anos, morou em Israel por um período, mas, há quatro meses, voltou ao Brasil para ficar com a mãe.

"Ela foi muito feliz. Nas conversas que a gente teve, ela estava muito preocupada como mãe, mas eu falei: 'Não se preocupa. Vai doer, vou sofrer, mas vai passar e eu te prometo que sereri muito feliz", relembrou Mila, emocionada.

'Pedaço da gente que se vai'
O corpo da atriz só deixou o hospital Sírio Libanês na manhã desta quarta-feira e chegou ao cemitério por volta das 9h40. Ada ficou internada na unidade médica por mais de um mês na luta contra o linfoma diagnosticado em dezembro do ano passado.

Ada Chaseliov (Foto: Reprodução/Facebook)

Ex-marido de Ada e pai de sua única filha, Ney Santanna Pereira dos Santos foi se despedir da atriz. "Estávamos separados há um bom tempo, fomos casados por uns 10 anos, mas éramos amigos inseparáveis. Ada era maravilhosa! Acabou o relacionamento, mas não a amizade", disse ele.

"Sei que ela descansou, a doença foi muito agressiva com ela... Nos últimos tempos, ela estava cansada, mas preferia ela aqui comigo. É um pedaço da gente que se vai", lamentou o diretor. "Perto da morte, ela disse que a vida não lhe devia nada. Ela teve família, filha e viveu daquilo que mais amava: o teatro. Ela viveu plenamente e feliz. Isso nos conforta".

Final muito sofrido
Ao EGO, Renato Aragão, que atuou com Ada no espetáculo "Os Saltimbancos Trapalhões", lamentou a morte da colega de profissão. "Um grande talento! Uma linda e adorável mulher que encantava a todos com seu olhar, sua dedicação e seu amor à arte", disse ele.

O autor Walcyr Carrasco também comentou a perda. Ada trabalhou em duas de suas novelas: "Sete Pecados", de 2007, e "Amor à Vida", de 2013. "Ela era uma excelente atriz, comovente", declarou ele. "Amor à Vida", inclusive, foi seu último trabalho na TV. No folhetim, ela interpretou a juíza responsável pelo julgamento da guarda de Paulinha (Klara Castanho).