Em ato organizado pelo PT em Fortaleza neste sábado (2), o ex-presidente Lula afirmou que, “se tudo der certo” e a Suprema Corte aprovar, ele assumirá o Ministério da Casa Civil na próxima quinta-feira (7). “Temos que garantir a governabilidade à Dilma”, disse Lula. O ato reuniu cerca de 50 mil pessoas, segundo os próprios organizadores.
O ex-presidente criticou o vice-presidente Michel Temer. "Temer é um professor de Direito e sabe que o que estão fazendo é golpe", disse Lula. “A forma mais vergonhosa de chegar ao poder é tentar derrubar um mandato legal”.
Nomeado pela presidente Dilma Rousseff no dia 16 de março - num ato registrado em uma edição extraordinária do Diário Oficial, para sequer esperar pelo dia seguinte - Lula foi ministro por poucas horas. Durante a tarde, o juiz Sergio Moro quebrou o sigilo de gravações telefônicas de Lula, autorizadas pela Justiça. O conteúdo delas, segundo Moro, sugere que a nomeação teve por objetivo dar a Lula foro privilegiado.
Horas depois da posse, no dia 17, a nomeação foi suspensa por liminares por juízes federais de primeira instância. No dia 18, o ministro do Supremo Tribunal Federal Gilmar Mendes manteve a suspensão, em caráter liminar. No dia 28, Lula se disse disposto a atuar como ministro informal, mesmo se o STF cassar sua nomeação em caráter definitivo.