05/03/2014 14h12 - Atualizado em 05/03/2014 14h31

Enviado à Crimeia é detido, afirma Ucrânia; ONU diz que houve ameaça

Robert Serry foi à península para fazer um balanço da tensão militar.
Segundo a ONU, ele foi ameaçado por homens armados, mas passa bem.

Do G1, em São Paulo

O enviado especial da ONU na Crimeia, Robert Serry, foi detido por homens armados não identificados em Sinferopol, a capital da Crimeia, declarou à AFP um porta-voz do ministério das Relações Exteriores da Ucrânia nesta quarta-feira (5). A ONU, entretanto, negou que ele tenha sido detido, afirmando que Serry chegou a ser ameaçado, mas passa bem.

Serry foi enviado à região - controlada de fato com comandos armados pró-russos - para fazer um balanço da situação, declarou o subsecretário geral da ONU, Jan Eliasson, a jornalistas em Kiev nesta quarta.

Segundo o secretário-geral adjunto das Nações Unidas, Jan Eliasson, entretanto, Serry “não foi sequestrado, mas foi seriamente ameaçado”. Ele acrescentou que a ação deve ser “seriamente condenada”, informou a Reuters.

De acordo com Eliasson, um grupo de homens não identificados, alguns armados, cercou Serry e disse que ele deveria deixar a Crimeia. Eles impediram que ele entrasse em seu carro, forçando-o a deixar o local a pé.

Um repórter da TV britânica ITN que acompanhava Serry, entretanto, afirmou no Twitter estar com o enviado da ONU em um café e relatou que integrantes de uma milícia local bloqueavam o local. “Ele se recusou a ir com os homens, saiu e foi andando até o café. Ele pediu que a equipe da ITV News permanecesse com ele”, afirmou James Mates.

Ainda de acordo com o repórter, após ser cercado o enviado concordou em abandonar a missão e seguir direto do aeroporto. Ele conseguiu deixar o café após auxílio da polícia, que teve que abrir caminho entre os manifestantes.

 

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