Reuters

07/03/2014 17h25 - Atualizado em 07/03/2014 19h14

Homens armados tomam posto militar na Crimeia, dizem testemunhas

Informação é da agência de notícias Reuters.
Segundo autoridade, nenhum tiro foi disparado e ninguém ficou ferido.

Da Reuters

Homens armados que podem ser russos ou militantes pró-Rússia invadiram com um caminhão um posto de defesa de mísseis da Ucrânia, na região da Crimeia, nesta sexta-feira (7) e assumiram o controle sem que nenhum tiro fosse disparado, disse um repórter da agência de notícias Reuters no local. A agência France Presse também confirmou a invasão.

Relatos iniciais apontam que o caminhão destruiu os portões e que o posto na cidade de Sebastopol estava sendo atacado, mas o repórter não pôde ver nenhum sinal de danos ao portão.

Vladislav Seleznyok, uma autoridade militar ucraniana, disse por telefone que os homens armados tomaram o controle da base sem que nenhum tiro fosse disparado e que ninguém estava ferido.

Outra autoridade ucraniana disse à Reuters no local que estava agora mediando entre as forças ucranianas e o grupo armado e que nenhuma arma havia sido capturada.

Nova Guerra Fria?
A Rússia não quer uma nova Guerra Fria, afirmou o porta-voz do presidente russo nesta sexta, enquanto as tensões envolvendo a participação do país na crise na Ucrânia aumentam.

Dmitry Peskov foi perguntado durante um programa televisivo se ele via um retorno à polarização ideológica que marcou o mundo entre 1945 e 1989. 'Eu não gostaria disso', disse. 'Não acho que é caso. Acredito que isso não começou, e gostaria de acreditar que não vai começar'.

'Apesar de existirem profundas diferenças entre a Rússia, os países europeus e os Estados Unidos, existe a esperança de que, através do diálogo, nós possamos chegar a pontos de acordo', acrescentou.

As afirmações de Peskov ocorrem depois do Congresso russo apoiar a iniciativa dos parlamentares da Crimeia de promover a unificação da região com a Rússia.

Os comentários também vieram depois da empresa pública russa Gazprom ameaçar interromper o fornecimento de gás para a Ucrânia, por falta de pagamento.

O Ocidente apoia o novo governo ucraniano, instalado depois da derrubada do presidente Viktor Yanukovytch, que apoiado pela Rússia. Os países ocidentais estudam adotar sanções contra a Rússia, criando a maior tensão entre as duas partes desde a Guerra Fria.

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