Soberano na temporada com 10 vitórias em 16 corridas, Lewis Hamilton assegurou o tri em 2015 vencendo o GP dos
Estados Unidos do último domingo. Foi a coroação de uma jornada muito mais tranquila até a taça
do que em seus dois títulos anteriores. Se em 2008 precisou esperar até a
última curva e em 2014 até a última corrida para ser campeão, nesta temporada a
conquista do britânico da Mercedes veio com três corridas de antecipação. Para refrescar a memória, preparamos um resumo dos outros dois títulos mundiais de Hamilton que abriram o caminho para o tricampeonato histórico. Relembre!
2008 - McLaren
Ainda imaturo, em seu primeiro
ano na Fórmula 1, Lewis Hamilton praticamente “entregou” o título de 2007 de bandeja
para Kimi Raikkonen, da Ferrari. No ano seguinte, o inglês por muito pouco não
perdeu a taça para o outro piloto da escuderia italiana à época, Felipe Massa. O
brasileiro chegou à última etapa, em Interlagos, com a obrigação de vencer a
corrida para garantir suas chances de título. Massa venceu e sua família chegou
a comemorar o título mundial, mas o alemão Timo Glock, da extinta Toyota, não
conseguiu segurar Hamilton na penúltima curva do circuito paulista. O inglês,
com a McLaren, completou a prova em quinto, terminando com 98 pontos contra 97
do rival da Ferrari.
Uma das decisões mais acirradas
da história da Fórmula 1 também gerou uma imagem antológica: Massa no lugar
mais alto do pódio, comemorando uma vitória em casa com um incomum gosto de
derrota, enquanto Hamilton festejava animadamente o título mundial na parte de baixo
do paddock. O “quase título” de Massa foi o mais perto que o Brasil chegou de
ter um novo campeão da categoria desde Ayrton Senna, que em 1991 conquistou a
última taça para terras tupiniquins até hoje.
2014 - Mercedes
Lewis só conseguiu repetir a
sensação de vencer um campeonato seis anos depois. Sem condições de se manter
competitivo na McLaren, o inglês abraçou o incipiente e ambicioso projeto da
Mercedes, ocupando a vaga que havia sido de Michael Schumacher. Em 2013, primeiro
ano da parceria, o resultado foi discreto, com um quarto lugar no Mundial de
Pilotos. Mas a confirmação de que Hamilton havia feito a escolha certa veio no
ano passado, quando a escuderia alemã foi completamente dominante no início da
nova era de motores turbos. O inglês costurou uma incrível sequência de quatro
vitórias logo na primeira parte do campeonato e mostrou que estava em plena
forma.
O caminho de Hamilton rumo à
taça, no entanto, foi repleto de desafios. Ao contrário da soberania alcançada
em 2015, Hamilton enfrentou uma disputa muito acirrada com o companheiro Nico
Rosberg. Depois de muitas brigas e conflitos nos bastidores, o inglês chegou à
última etapa, em Abu Dhabi, ainda com risco de perder a taça para o
companheiro, por causa dos famigerados pontos em dobro concedidos na derradeira
corrida - sistema que foi abandonado neste ano. Mas Hamilton venceu e viu o
companheiro chegar apenas em 14º, com problemas mecânicos, abrindo 67 pontos de
frente e garantindo com folga o segundo título.