Por Renan Ramalho, G1 — Brasília


Maioria dos ministros do STF é a favor de restringir foro privilegiado

Maioria dos ministros do STF é a favor de restringir foro privilegiado

O ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Alexandre de Moraes propôs nesta quinta-feira (23) um critério alternativo para limitar o foro privilegiado de políticos que respondem a processos na Corte.

O foro por prerrogativa de função, o chamado "foro privilegiado", é o direito que têm, entre outras autoridades, presidente, ministros, senadores e deputados federais de serem julgados somente pelo Supremo.

Mas está em discussão no Supremo o alcance do foro privilegiado.

Ao apresentar o voto no julgamento, nesta quinta, Moraes defendeu que sejam investigados e processados no Supremo deputados e senadores que praticaram crimes durante o exercício do mandato.

O ministro propôs, ainda, que permaneçam na Corte ações de políticos sobre crimes não ligados ao mandato.

O critério apresentado por Moraes é menos restritivo que o sugerido no voto do relator, Luís Roberto Barroso, que propôs que só fiquem na Corte processos de políticos que praticaram crimes durante o exercício do mandato e, ainda, relacionados ao cargo.

Entenda a diferença

Na prática, a proposta de Barroso, seguida pela maioria dos ministros, tira do STF e leva para a primeira instância acusações contra parlamentares por crimes como homicídio, violência doméstica e estupro, por exemplo, desde que não ligados ao cargo.

Para Moraes, mesmo esses crimes, ainda que sem relação com o cargo, mas se cometidos durante o exercício do mandato, devem ser julgados pelo STF.

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