Edição do dia 15/11/2017

15/11/2017 14h04 - Atualizado em 15/11/2017 14h34

Quinze cidades de Goiás registram falta de combustível nos postos

Manifestantes fecharam as 23 distribuidoras para protestar contra os valores dos combustíveis. Goiânia é a capital com a gasolina mais cara do país.

Honório JacomettoSenador Canedo, GO

Em Goiás tem muito posto sem gasolina, etanol e diesel por causa do protesto contra os preços dos combustíveis. Em 15 cidades do interior, as bombas estão vazias. No fim da manhã desta quarta (15) teve confusão em uma ação de reintegração de posse.

Negativo é o sinal mais comum entre frentistas e motoristas nos últimos dias. Onde ainda tem gasolina e álcool, as filas parecem intermináveis. Segundo o Sindicato dos Postos, 60  cidades do interior estão com problemas no abastecimento, em 15 municípios, as bombas secaram.

Em Jataí e Anicuns, mais filas. Em Itapuranga, motoristas registraram a disputa pelos últimos litros. Em Goiânia, a falta de combustível atinge 70 postos.

O protesto reúne motoristas de aplicativos, mototaxistas, caminhoneiros. O bloqueio começou na segunda-feira (13), quando os manifestantes fecharam as 23 distribuidoras para protestar contra os valores semelhantes nas bombas e o preço dos combustíveis. Goiânia é a capital com a gasolina mais cara do país.

Mil e cem caminhões deixaram de sair das distribuidoras e 25 milhões de litros de combustíveis não chegaram aos postos. Os manifestantes dizem que o abastecimento de veículos de serviços públicos está liberado. “Polícia Militar, Civil, Samu, ambulâncias, estes órgãos vão ter o abastecimento em dia, garantido”, diz Vinícius Biazus, advogado do movimento.

A Justiça concedeu liminares obrigando os manifestantes a liberar a passagem das carretas. O Batalhão de Choque foi chamado para cumprir a reintegração de posse e os manifestantes dispersaram. Mas por causa do feriado, os funcionários das distribuidoras estão de folga e por isso não haverá carregamento.

Na frente de outra distribuidora, manifestantes tentaram resistir à ordem dos policiais. Outras quatro centrais de distribuição continuam ocupadas.

Diante da falta de combustíveis nos postos, os moradores estão se virando como podem e usando outros meios de transporte, como a charrete.

O sindicato que representa os donos de postos diz que a culpa pelos constantes aumentos é da Petrobras e que não existe alinhamento de preços em Goiás. Em nota, a Petrobras disse que o petróleo tem os preços atrelados ao mercado internacional, que as cotações variam diariamente e que apenas 29% do preço final é de responsabilidade da estatal.

 

 

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