Por G1 — Brasília


Bolsonaro diz em entrevista que governador do Rio, Wilson Witzel, queria 'a cabeça' dele

Bolsonaro diz em entrevista que governador do Rio, Wilson Witzel, queria 'a cabeça' dele

O presidente Jair Bolsonaro afirmou na noite desta sexta-feira (22), na portaria da residência oficial do Palácio da Alvorada, que por meio de amigos policiais civis e militares no Rio de Janeiro descobriu algo que estava "sendo armado" contra ele. Ele não disse quando, em quais circunstâncias ou em qual investigação.

Segundo Bolsonaro, havia possibilidade de busca e apreensão nas casas de filhos dele – três dos filhos são políticos (o vereador Carlos, no Rio; o deputado federal Eduardo; e o senador Flávio). De acordo com o presidente "provas seriam plantadas" contra eles.

O presidente atribuiu as supostas ameaças aos familiares ao governador do Rio, Wilson Witzel (PSC), a quem acusou de querer destruir a ele e à família.

Bolsonaro afirmou que pediu ajuda ao então ministro da Justiça e Segurança Pública, Sergio Moro, mas disse não ter sido atendido.

“Sabiam do problema do governador, que queria minha cabeça a todo custo? Que o objetivo dele é ser presidente da República, né? E para isso tinha que destruir a mim e à minha família. O tempo todo vivendo sob tensão. Possibilidade de busca e apreensão na casa de filhos meus, onde provas seriam plantadas. Levantei – graças a Deus tenho amigos policiais civis e policiais militares no Rio de Janeiro – o que estava sendo armado para cima de mim. ‘Moro, eu não quero que me blinde. Mas você tem a missão de não me deixar ser chantageado’. Nunca tive sucesso para nada”, disse o presidente.

Após a fala do presidente, o ex-ministro Sergio Moro divulgou mensagem em uma rede social na qual afirmou que não cabe ao ministro da Justiça interferir em investigações da Justiça estadual.

"Não cabe também ao Ministro da Justiça obstruir investigações da Justiça Estadual, ainda que envolvam supostos crimes dos filhos do Presidente. As únicas buscas da Justiça Estadual que conheço deram-se sobre um filho e um amigo em dezembro de 2019 e não cabia a mim impedir", escreveu Moro.

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