Por RJTV


"Não tem". Há dias que os pacientes que procuram as Clínicas da Família no Rio escutam essa mesma resposta para tudo. Há atrasos de salários - e médicos em greve - e falta de medicamentos. O médico Gustavo Treistman diz que não há um plano B: muitas vezes, o paciente não pode comprar o remédio prescrito e não há na farmácia do hospital.

"A gente está com cerca de 80% de medicação em falta na clínica. Na verdade no Rio de Janeiro inteiro, porque a distribuição de medicamento é centralizada. São medicamentos muito básicos: de antibiótico para tratar infecções, medicamentos para pressão, diabetes, medicamentos controlados psiquiatricos, anticonvulsinoantes. Tem uma lista muito grande de medicações em falta", diz ele.

Ao todo 180 clínicas estão com médicos em greve. A Secretaria Municipal de Saúde continua dizendo que a Prefeitura liberou, na semana passada, R$ 100 milhões para comprar remédios e materiais para os próximos três meses. Mas não disse quando os estoques vão ser repostos.

"Está péssimo, péssimo. Minha filha agora com pneumonia na UPA de Marechal (Hermes) não internaram por falta de medicação, não teve como fazer exame de laboratório e mandaram ela pra outro hospital. O outro hospital não tinha aí eu vim aqui agora pra pegar a medicação que a pneumonia dela é pra ficar internada, mas por falta de medicação não internaram", diz a dona de casa Rita de Cássia.

Deseja receber as notícias mais importantes em tempo real? Ative as notificações do G1!
Mais do G1