Por G1 — São Paulo


Laços de família: nesta época do ano, eles ficam mais visíveis. Tem gente que espera as festas para trocar presentes e carinho e tem gente que gostaria de fugir de todas as comemorações! Será que isso é um problema? No Bem Estar desta quinta-feira, 14 de dezembro, Dr. Daniel Barros, consultor do programa e psiquiatra, responde.

Famílias acolhedoras, você seria capaz de cuidar de uma criança na sua casa até ela ser adotada por outra família? Dra. Vera Iaconelli, diretora do Instituto Brasileiro de Psicologia Perinatal, explica o quanto isso é importante. E mais: uma pesquisa revela que estar presente na vida dos filhos pode fazer com que eles se envolvam menos com o álcool e outras drogas.

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Laços e família - As festas trazem a questão do convívio e do diálogo com parentes próximos e não tão próximos. Mas será que parente é família ou a família é só mãe, pai e filho? Não necessariamente. Família não é só homem e mulher, ou homem, mulher e filho. Os laços não necessitam seguir tradições, regras e padrões, hoje a sociedade acolhe muitos modelos familiares.

A origem biológica do vínculo - Além de ser socialmente construído, o vínculo também tem uma origem biológica. Uma das principais substâncias atuantes nessa criação é o hormônio chamado ocitocina, produzido no cérebro. Ele aumenta bastante, por exemplo, nas primeiras semanas de maternidade e paternidade, relacionando-se com comportamentos como fazer carinho no bebê o tempo todo. Acredita-se que no início da nossa existência àqueles que tinham uma expressão maior desses hormônios cuidavam melhor da prole e, por consequência, tinham mais descendentes que sobreviviam, que por sua vez também tinham maior expressão desse hormônio e assim sucessivamente.

Mas qual a função da família para uma criança? Além das responsabilidades básicas de educação, saúde, moradia, etc., sua função é abrir portas, apresentar caminhos e trazer valores fundamentais, como a ética. Além disso, ela deve estar presente sempre que necessário enquanto a criança não tem autonomia e também depois, quando ela precisar. Ao contrário do que se pensa, a função da família está bem longe de definir o caminho e presentear as crianças com os cursos, roupas e viagens mais caros para um trajeto pré-determinado.

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Punir e controlar - Estudos mostram que essa postura dos pais prejudica o desenvolvimento da criança, especialmente o autocontrole. Ou seja, controlar excessivamente leva a mais impulsividade. Além disso, a hostilidade cria um ciclo vicioso, então quanto mais gritos, ameaças, ofensas e humilhações, mais gritos, ameaças e humilhações serão "devolvidos".

Posso me cansar dos meus filhos às vezes? Sim. Podemos ter raiva e amar ao mesmo tempo, sempre existirão momentos felizes e não tão felizes e buscar a perfeição é irreal. A exaustão emocional e a perda da realização, características de uma síndrome chamada Burnout, de extremo esgotamento, já foram descritas em estudos com pais. Bons pais também fazem o que gostam.

E se meus filhos me decepcionarem? Nada está garantido. Sempre projetamos nas crianças as expectativas, cuidados e necessidades que gostaríamos para nós mesmos, mas o outro vai responder de um jeito único.

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Confira o Bem Estar na íntegra:

Bem Estar - Edição de quinta-feira, 14/12/2017

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