Rio

Prefeitura removerá 119 favelas até o fim de 2012

A Favela do Piraquê, em Guaratiba, a que terá a maior quantidade de casas demolidas pela prefeitura: pelo menos 1.068, segundo o censo 2000 do IBGE Foto: Gabriel de Paiva - Arquivo
A Favela do Piraquê, em Guaratiba, a que terá a maior quantidade de casas demolidas pela prefeitura: pelo menos 1.068, segundo o censo 2000 do IBGE Foto: Gabriel de Paiva - Arquivo

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RIO - A Secretaria municipal de Habitação já relacionou 119 favelas que serão removidas integralmente pela prefeitura até o fim de 2012, por estarem em locais de risco de deslizamento ou inundação, de proteção ambiental ou destinados a logradouros públicos. Com pelo menos 12.196 domicílios, essas comunidades ocupam 2,34 milhões de metros quadrados - uma área maior do que o bairro do Leblon. O secretário Jorge Bittar informou que trechos não urbanizáveis de outras favelas, que ainda estão sendo levantados, também serão desocupados.

Entre as favelas que vão desaparecer estão a do Horto (Jardim Botânico), a Indiana (Tijuca), a da CCPL (Benfica), a do Metrô (Maracanã), a Vila Autódromo (Barra) e a Vila Taboinhas (Vargem Grande). É o caso também da pequena Matinha, num trecho de floresta atrás do Ciep Ayrton Senna e na vizinhança da Rocinha.

(Veja a lista de comunidades onde haverá remoções)

Para agilizar o processo, em um mês a secretaria lançará licitação visando a contratar uma empresa para fazer o cadastramento das famílias e as avaliações dos imóveis.

- Precisaremos ter um batalhão de gente trabalhando nas favelas. Serão cerca de 200 profissionais, incluindo assistentes sociais e técnicos em edificações - explica Bittar.

Bittar estima um orçamento de R$ 244 milhões para reassentar as 12.196 famílias dessas comunidades. Os recursos são para indenizações, através dos programas Compra Assistida e Aluguel Social (este até que a família compre um imóvel, pelo programa Minha Casa Minha Vida, do governo federal).

- Ninguém vai receber dinheiro vivo em troca dos imóveis que serão removidos. Ou as famílias serão inscritas no Minha Casa Minha Vida ou faremos Compra Assistida, onde o morador escolhe um imóvel usado por valor equivalente ao que vai perder - disse Bittar. Leia a íntegra desta reportagem em O Globo Digital (somente para assinantes)

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