Os bancos brasileiros concederam R$ 1,496 trilhão em crédito do início de março até 24 de julho, apontam dados da Febraban. O volume inclui novas concessões, renovações e suspensão de parcelas de contratos.
Somente em julho, foram R$ 193 bilhões, considerando operações para pessoas jurídicas com recursos livres e operações de crédito imobiliário no caso de pessoas físicas.
Entre 16 de março e 24 de julho, o setor renegociou 13,5 milhões de contratos de crédito, que somam R$ 782,3 bilhões. Foram suspensos R$ 101,6 bilhões em parcelas relativas a essas operações.
Logo no início da crise, os bancos abriram a possibilidade de prorrogar parcelas por períodos que vão de 60 a 180 dias para clientes adimplentes, mantendo as mesmas taxas. Pequenas empresas e pessoas físicas representam R$ 57,4 bilhões do total de prestações prorrogadas.
De acordo com a Febraban, a média diária de concessões para pessoas jurídicas aumentou 45,6% no período de março a 24 de julho deste ano quando comparada à de março a julho de 2019, alcançando R$ 9,38 bilhões. Esse crescimento se deve à forte procura das empresas por crédito no início da crise do coronavírus.
“Como temos dito, esta crise não teve sua origem nos setores financeiro e bancário, mas temos e vamos continuar contribuindo efetivamente para atenuar os severos e negativos impactos sobre as empresas e famílias”, afirmou o presidente da Febraban, Isaac Sidney Ferreira, por meio de nota enviada ao Valor. “Desde o início de março, os bancos já concederam mais de R$ 1,5 trilhão em crédito, incluindo recursos novos, renovações e carência de parcelas e, mais do que isso, temos concedido créditos com taxas de juros e spreads menores do que os patamares que vigoravam antes do início da crise.”