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Seihan Mori, mestre de um templo da cidade de Kyoto, escreve o símbolo que significa

Seihan Mori, mestre de um templo da cidade de Kyoto, escreve o símbolo que significa "desastre" (Foto: Reprodução/ YouTube)

Após uma eleição em que participaram quase 200 mil japoneses, a palavra "desastre" foi escolhida para representar o ano de 2018 para o país nipônico. Seihan Mori, mestre de um templo na cidade de Kyoto, desenhou o ideograma que representa a palavra — desde 1995 esse concurso é promovido por uma fundação que estimula o uso do kanji, os caracteres da língua japonesa herdados dos chineses há quase 1,8 ml anos. 

A escolha do público reflete um ano difícil para o Japão: em julho, centenas de pessoas morreram após inundações e milhões de pessoas foram obrigadas a abandonar suas casas. Meses depois, mais de 20 mil pessoas foram hospitalizadas após uma onda de calor que atingiu o país. Os japoneses também sofreram um terremoto e o tufão mais forte dos últimos 25 anos. 

Por conta da combinação de desastres, a economia japonesa apresentou uma piora em relação ao ano anterior: no terceiro trimestre, o índice de crescimento foi de 1,2%, números mais baixos do que dos dois primeiros trimestres. Desde 2013 o país enfrenta índices ruins e tenta resgatar a pujança das décadas de 1980 e 1990. 

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Essa não é a primeira vez que os japoneses escolhem a palavra "desastre" para simbolizar o seu ano: em 2004, o país também foi atingido por terremotos e tufões, além de um acidente em uma usina nuclear que matou quatro pessoas. 

Em 2017, a palavra "norte" foi escolhida após as tensões geradas pelo desenvolvimento de armas nucleares na Coreia do Norte. Já em 2016, os japoneses elegeram o termo "ouro", em referência ao bom desenho dos atletas nipônicos nos Jogos Olímpicos sediados no Rio de Janeiro. 

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