O mercado de trabalho brasileiro registrou em setembro deste ano a abertura líquida de 157.213 vagas com carteira assinada, segundo dados do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged) divulgados pela Secretaria Especial de Previdência e Trabalho, do Ministério da Economia, nesta quinta-feira.
As estimativas de 14 consultorias e instituições financeiras ouvidas pelo Valor Data eram de criação líquida de 121.300 a 157.108 vagas no período.
O número verificado é resultado de 1.341.716 admissões ante 1.184.503 desligamentos e o melhor para o mês desde 2013, quando o país criou 211.068 novas vagas.
Segundo o Caged, sete dos oito setores de atividade econômica apresentaram crescimento no nível de emprego. Tiveram desempenho positivo Serviços (+64.533 vagas); Indústria da Transformação (+42.179); Comércio (+26.918); Construção Civil (+18.331); Agropecuária (+4.463); Extrativa Mineral (+745) e Administração Pública (+492). Apenas Serviços Industriais de Utilidade Pública apresentaram saldo negativo -448.
No acumulado do ano, o saldo líquido é de 761.776 contratações até setembro. No acumulado em 12 meses, o país registra ganho de 548.297 vagas.
Regiões
Os dados mostram que as cinco regiões do país apresentaram saldos positivos no emprego em setembro.
Do total de 157.213 postos criados no país, 57.035 foram no Nordeste; 56.883 no Sudeste; 23.870 no Sul; 10.073 no Centro-Oeste; e 9.352 no Norte.
No mês passado, o resultado foi positivo nas 27 unidades da federação. Os estados que mais geraram empregos foram São Paulo (36.156), Pernambuco (17.630) e Alagoas (16.529).
Salário
O salário médio real de admissão foi de R$ 1.604,60 no país em setembro. Já o salário médio de desligamento foi de R$ 1.788,94.
Em termos reais, houve queda de 0,74% no salário de admissão e alta de 1,26% no salário de desligamento na comparação com o mês imediatamente anterior.
Já em relação a setembro de 2018, registrou-se ganho real de 2,99% no salário de admissão e de 3,42% no de desligamento.