Carroceiros querem ajustes na lei que proíbe circulação de carroças com tração animal em João Pessoa — Foto: Walter Paparazzo/G1
Um grupo de carroceiros e outro de vendedores ambulantes realizaram protestos na manhã desta terça-feira (29) no prédio da Câmara Municipal de João Pessoa. Segundo representantes das duas categorias, as manifestações estão relacionadas, respectivamente, à lei que proíbe circulação de carroças com tração animal em João Pessoa e a retirada dos vendedores ambulantes do trecho próximo à Lagoa do Parque Solón de Lucena.
De acordo com a presidente da Associação dos Ambulantes e Trabalhadores em Geral da Paraíba (Ameg), Márcia Medeiros, na quinta-feira (24) alguns carros de venda de frutas, verduras e raízes foram apreendidos após a prefeitura emitir um comunicado proibindo a venda no entorno da lagoa. Os ambulantes fizeram uma manifestação fechando algumas ruas do Centro.
“Apresentamos para o secretário uma outra rua que seria a solução do problema, mas nesta terça voltaram a apreender novamente. Eles não apresentam solução, apesar de mostrarmos uma saída”, explica Márcia.
Os representantes dos ambulantes foram recebidos por um grupo e vereadores e durante a reunião, ficou definido que na quarta-feira (30), uma nova reunião seja feita, entre a comissão de vereadores, os ambulantes e representantes da Secretaria de Desenvolvimento Urbano (Sedurb) para negociar a questão. Também ficou decidido que até a hora da reunião, nenhum carrinho de venda pode ser apreendido.
Ambulantes se reuniram com vereadores e definiram uma reunião para debater a remoção das bancas de venda no enorno da lagoa — Foto: Angélica Nunes/Jornal da Paraíba
Por causa desta primeira reunião com os ambulantes, os vereadores acordaram com os representantes dos carroceiros que a pauta com eles deveria ser adiada para a sexta-feira (1º). Segundo o presidente da Associação das Carroças com Tração Animal, Paulo César, o grupo quer que a câmara reveja o texto da lei que proíbe a circulação das carroças com tração animal em João Pessoa. A lei foi sancionada em 2016. No dia 14 de agosto os carroceiros fizeram um protesto pelo mesmo motivo.
“A lei não pode punir quem não é agressor, que não está matando ou maltratando os animais. Temos sim, quem punir quem faz estas práticas, mas a maioria de nós não faz isso e dependemos das carroças e dos animais para viver. O que queremos é mudar a legislação para adequar à nossa realidade, continuar usando carroça, cadastrados, com a carroça emplacada e os animais com chip e licença”, explica Paulo César.
Apesar dos protestos, não houve sessão na câmara, por causa da morte do arcebispo emérito da Paraíba Dom José Maria Pires.