Por RJTV


Estado e União ainda não  finalizaram Plano de Segurança Integrado

Estado e União ainda não finalizaram Plano de Segurança Integrado

O governador do Rio de Janeiro, Luiz Fernando Pezão, foi questionado nesta terça-feira (6) sobre a finalização do Plano de Segurança para o Rio de Janeiro. A proposta estava prevista para ser apresentada nesta terça-feira (6). Em entrevista, o governador disse que o plano está pronto mas ainda não leu. Segundo ele, a expectativa é que o plano seja divulgado ainda nesta semana.

"O trabalho está andando. O presidente [Câmara] Rodrigo Maia marcou reunião para esta quinta-feira (8). Tive que ir ontem [segunda] para Brasília. Então não vi o documento. Passei para minha área de segurança. O trabalho não parou em nenhum momento. Acho que essa semana. E no dia 26 é nossa reunião final", explicou Pezão.

Como mostrou o RJTV, desde julho de 2017, o plano vem sendo discutido entre autoridades estaduais e do governo federal numa série de reuniões:

  • 26/07/2017 - O ministro Raul Jungmann afirmou que as Forças Armadas vão atuar em operações no Rio: "Vamos golpear o crime organizado".
  • 06/08/2017 - O ministro Jungmann considerou "razoável" a megaoperação realizada em um conjunto de favelas do Rio.
  • 18/09/2017 - Falhas de comunicação entre o governo federal e a polícia carioca. "Eu acho que nós precisamos ajustar mais essa comunicação. Há um certo desconforto, falta uma maior sinergia, uma integração", disse o ministro.
  • 21/09/2017 - "Serviu para a gente afinar a viola", disse o governador Pezão. Enquanto isso, o secretário de Segurança, Roberto Sá dizia que os bandidos não iriam ter descanso.
  • 04/10/2017 - "Nós vamos virar esse jogo. O Rio, o Brasil, precisam entender que segurança pública é prioridade. Precisa de investimento, estratégias e esses criminosos, verdadeiros inimigos da sociedade, não vão ter descanso.
  • 01/12/2017 - "Eu sou o gestor de uma massa falida, mas nós vamos recuperar essa empresa", disse Roberto Sá.

Após essas datas ocorreram novas reuniões para definir o Plano de Segurança. Em um primeiro documento, um protocolo de intenções foi formulado com 30 pontos. Entre as medidas, havia a promessa do governo federal de intensificar a fiscalização das portas de entrada do estado: rodovias, aeroportos, portos e a Baía de Guanabara.

Na reunião que tiveram em Brasília no início de janeiro as autoridades de segurança pública divulgaram a seguinte nota:

PLANO NACIONAL DE SEGURANÇA PÚBLICA – PLANO RIO

Com o objetivo de detalhar o cronograma de trabalho com vistas ao Plano Rio, foi realizada, nesta data no Palácio do Planalto, uma reunião com as presenças dos Ministros da Justiça e Segurança Pública, da Defesa, do Gabinete de Segurança Institucional e do governador do estado do Rio de Janeiro.

Houve um balanço das experiências colecionadas em 2017 que servirão de base para o aperfeiçoamento do planejamento, da governança e da integração entre os órgãos federais e estaduais envolvidos.

Dentre os compromissos assumidos destacam-se a criação de um comitê de acompanhamento das atividades, a produção de indicadores de desempenho, a definição de um calendário de reuniões periódicas, a consolidação dos resultados de 2017 e a elaboração, no prazo de 30 dias, do plano integrado de segurança para o RJ/2018.

A próxima reunião está agendada para o dia 12 de janeiro, no Palácio Guanabara-RJ.

Brasília, DF, 4 Jan 18.

Ass Com MJSP, Defesa, GSI e do Governo do estado do Rio de Janeiro

Aumento da violência

Além da falta de plano, o Rio de Janeiro tem registrado um crescimento nas estatísticas de criminalidade. Em 2017, o aumento de assassinatos, em relação a 2016, foi de 7,5%. O número cresce há três anos. Saltou de 5.010 mortes em 2015 para 6.731 registros em 2017. Desde 2009, nunca se matou tanto no RJ. O número total de assaltos em 2017 foi o maior da história do Estado do RJ - 230,4 mil.

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