Plantação é feita em uma área já cultivada, que antes era destinada à melancia. — Foto: Arquivo pessoal/Joel Perley
O agricultor Joel Perley, de 40 anos, teve, literalmente, uma enorme surpresa quando chegou a época de colher as abóboras no sítio: a plantio rendeu frutos que chegam a pesar até 25 kg, tamanho três vezes maior que o natural.
A propriedade fica na BR-401 em Normandia, município ao Norte de Roraima. Ele disse que no início, quando as abóboras começaram a nascer, suspeitou que elas seriam grandes, mas, não imaginou que seriam "gigantes".
"No começo, quando vi o tamanho dela verdinha, imaginei que ia sair abóboras muito grandes. Mas, não esperava 25 kg, esperava até 18 ou 20. É uma bênção".
Conforme o produtor, o cultivo da abóbora e da melancia é semelhante — Foto: Arquivo pessoal/Joel Perley
A plantação foi feita em uma área já cultivada, antes destinada à melancia. Até o momento, já foram colhidas 15 toneladas de abóbora. De toda a produção, 80% é exportada para Manaus e 20% comercializada em Roraima.
O fruto é vendido a R$ 1 o quilo, podendo chegar a R$ 2,50, dependendo do perído. Além do fruto, o agricultor também cultiva melancia, macaxeira, banana, coco e melão.
“Muito gratificante saber que o povo está reconhecendo nosso trabalho e estamos agradando. Quero incentivar vários produtores a também cultivarem a abóbora, pois é uma ajuda muito grande para o produtor. É um cultivo que requer pouca adubação e o retorno financeiro é muito bom”.
Abóboras adquiridas pelo governo do estado de Roraima — Foto: Divulgação/Secom
Perley afirma que o cultivo de abóbora e melancia é semelhante. “Só que a melancia leva 60 dias para a colheita e abóbora, leva 90 dias. São mais de 60 dias colhendo o fruto”, explicou.
Até o fim da colheita, o agricultor espera ter 40 toneladas. “Plantei 2 mil pés e cada um vai produzir, aproximadamente, 200 quilos. A previsão é que 40 toneladas sejam colhidas. Vamos produzir em larga escala comercial, a meta é de 20 hectares”, afirmou.
Abóboras gigantes chegam à 25 kg — Foto: Divulgação/Secom
Para o professor e pesquisador do curso de agronomia da Universidade Federal de Roraima (UFRR), José Beethoven, o peso normal do tipo de abóbora cultivava no sítio de Perley varia de 3 à 8 kg.
Ele avalia que, para chegar a essa tamanho maior que o natural, o fruto pode ter se beneficiado dos adubos colocados na estação anterior, por isso teve um desenvolvimento próspero.
“Isso não é raro de acontecer, a alternância de culturas é uma técnica usual. O agricultor certamente também contou com um pouco de sorte, porque não ocorreram pragas, a produção foi grande e o período de chuva intensa foi bom para a produção”, avaliou.
O fruto é comercializado a R$ 1 o quilo — Foto: Divulgação/Secom