MP ouvirá comandantes de batalhões que participaram de operação em morros de Santa Teresa e Catumbi

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9 Comentários

  • Eccehomo
    Ainda mais porque algumas das imagens vazadas apenas apresentavam estarem nus e seminus, sem relógios cordões que costumam ostentar quando se deslocam na comunidade, e não havia arma alguma perto dos corpos. E depois, ainda, os corpos são colocados na caçamba de veículos da PM que sai desfilando pelas ruas até o hospital, onde foram despejados, ainda provocando pertubação no atendimento. Então, melhor que se apure para que não restem dúvidas...
  • Eccehomo
    Estavam com armamento de guerra e todos foram mortos sem nenhuma baixa, nenhum ferido, nenhum arranhão, nem dano aos veículos do lado oposto? Não sei não.
  • Bambino
    Os Bandidos estavam portando armamento de guerra, precisa de mais alguma coisa a dizer? está na hora de acabar com esse mimimi
  • Tania Regina Boaventura
    Lamentável o que aconteceu à essas pessoas, mas o engraçado é que essa tal de "anistia" não se manifesta quando policias são mortos.
  • Alex Mello
    Beleza então, hj não tem operação no Fallet, pq eles não se entregam e aproveitam a oportunidade?!l Francamente, eles dão tiro pra caramba na polícia ando entra, aí qndo estão encurralados querem se entregar!!?!? Saco e pronto!

MP ouvirá comandantes de batalhões que participaram de operação em morros de Santa Teresa e Catumbi

- Operação policial no Morro do Fallet
- Operação policial no Morro do Fallet Foto: MarceloTheobald / Agência O Globo
Aline Macedo e Bruno Alfano
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O Ministério Público informou que o Grupo de Atuação Especializada em Segurança Pública vai ouvir ainda nesta semana os comandantes dos batalhões de Choque e do Bope, que participaram da operação na última sexta-feira nos morros do Fallet, Prazeres e Coroa, em Santa Teresa e no Catumbi, no Cento da cidade. A polícia militar confirma 13 mortos e moradores afirmam que outros dois corpos foram encontrados na mata.

"O caso é da atribuição da 23ª PIP a quem o Grupo de Atuação Especializada em Segurança Pública (GAESP/MPRJ) oferecerá auxílio. Desde a data do fato, o GAESP/MPRJ está recebendo informações, dados e imagens que servirão para auxiliar o trabalho investigativo sobre a referida operação", informou o MP.

Segundo a PM, a ação de sexta-feira aconteceu nas comunidades da Coroa e do Fallet para intervir numa guerra entre facções criminosas rivais, que disputam o controle de território naquela região. “Ao final da ação, 11 criminosos foram presos e outros 15, encontrados feridos, foram socorridos no Hospital Municipal Souza Aguiar. Entre os feridos, 13 vieram a óbito e dois estão internados”, disse a corporação, em nota. “Durante a operação, os policiais apreenderam quatro fuzis, 14 pistolas, seis granadas, três radiocomunicadores, além de carregadores e drogas”, acrescentou.

A mãe de um dos mortos afirmou ontem que o corpo do filho foi jogado em caçambas e levado para o hospital pelos policiais numa caminhonete.

— Jogaram os corpos dos nossos filhos como se fossem animais — disse.

Neste domingo, foram enterrados 12 dos mortos: Gabriel da Silva Carvalho, de 22 anos, Roger dos Santos Silva, de 18, David Vicente da Silva, de 22, Felipe Guilherme Antunes, de 21, Enzo Souza Carvalho, de 18, Maikon Vicente da Silva, 17, Vitor Hugo Santos Silva, 16, Luan Cristian Lima de Oliveira, Carlos Alberto Jerônimo Castilho, Jeferson de Oliveira, Gabriel da Silva Carvalho, Robson da Silva Pereira e André Leonardo Paz Dias. Estes últimos não tiveram as idades reveladas.

A reclamação dos parentes, que não negam o envolvimento dos mortos com o crime, é de que eles deveriam ter sido presos.

— Eles foram executados, não tiveram chance de nada. A gente sabe que estavam em más companhias, mas eles se renderam. Como isso pode ser uma troca de tiros se nenhum policial sofreu nada? — questionou um parente de Roger e Vitor Hugo, que eram irmãos.

Além dos dois, outras vítimas tinham parentesco. Maikon e de David também eram irmãos. Felipe e Enzo eram primos.

A mãe de outro jovem morto contou que o corpo do filho tinha afundamento de crânio, e o abdômen tinha sido aberto a faca. Segundo ela, após as mortes, a polícia já esteve em sua casa três vezes fazendo ameaças.

A PM contesta todas as acusações. O Batalhão de Choque, que participou da operação, chegou a emitir comunicado afirmando ter recusado propina de R$ 100 mil para não prender Gilmar Douglas Quintanilha Braz, conhecido como Gilmarzinho, que seria o número dois do tráfico do Fallet.

A Anistia Internacional divulgou, no fim de semana, uma nota cobrando apuração imediata da Polícia Civil e do Ministério Público.

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