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Por Beth Koike, Valor — São Paulo


O ministro da Educação, Milton Ribeiro, tem receios em relação ao ensino digital e disse ser contra a realização de provas on-line, como vem ocorrendo nesta pandemia. O setor de educação, principalmente no ensino superior, aposta fortemente na modalidade a distância (EAD).

“A questão da avaliação, insisto, deveria ser presencial e com fiscalização para o próprio bem daquele que faz um curso EAD”, disse o ministro, explicando que o diploma do ensino presencial e digital têm a mesma validade, sem diferenciação da modalidade realizada pelo aluno.

“Tenho muita dificuldade com cola, temos que tomar muito cuidado. Mesmo nas [aulas] presenciais, ainda tem muita gente que usa esse expediente que, além de desonesto, não prepara o aluno como deveria”, complementou durante ‘live’ promovida pela Associação Brasileira das Mantenedoras de Ensino Superior (Abmes).

Segundo Ribeiro, o brasileiro tem dificuldade em ter disciplina e não colar nas avaliações. “Acho que é um assunto que a gente precisava debater com todo o respeito que tenho aos brasileiros... Sou brasileiro, mas não creio que todos tenham essa disciplina de fazer uma prova sozinho em casa, com todas as condições para poder eventualmente num momento de necessidade de burlar a questão, de colar.”

Milton Ribeiro, ministro da Educação — Foto: Isac Nóbrega / Presidência da República
Milton Ribeiro, ministro da Educação — Foto: Isac Nóbrega / Presidência da República

O presidente da Abmes, Celso Niskier, ponderou que o tema das avaliações on-line será avaliado pelo setor tendo em vista as novas tecnologias e características regionais do país.

Para o ministro, o modelo presencial é o mais adequado, principalmente na educação básica, mas o ensino híbrido se consolidará. “Sou fã da presença do professor, sempre estudei em escola pública”, disse.

Ribeiro falou ainda que quando o modelo on-line começou a ser discutido, há cerca de 20 anos, desacreditou que o formato vingasse. Na época, achava que não ia dar certo porque o brasileiro não disciplina que era própria de “europeus, enfim, que não tem pra onde ir, com tempo nublado”, e que no Brasil, com sol, não ia vingar.

“Tenho mudado, não foi um ano perdido [para a educação]”, disse o ministro, que acredita que ensino híbrido cresça após a pandemia.

Foco no professor

Segundo ele, sua gestão dará prioridade ao professor, à capacitação profissional. A educação passou por três etapas, afirmou: inicialmente, o aluno era o protagonista; depois, investiu-se em infraestrutura, alimentação para estudantes; agora, o foco será o professor.

Ele lamentou os casos de agressão que ocorrem com professores por parte de alunos em algumas escolas. “Temos que dar mais autoridade para o professor a fim de evitar isso”, disse.

Volta às aulas

O titular do Ministério da Educação disse que a pasta não poder de decisão para definir quando as aulas podem ser retomadas. “Esse é um tema muito delicado, cabe à gestão [municipal] e aos pais decidirem”, disse.

Ribeiro, que já foi contaminado pela covid-19, afirmou ter esperança que no começo de 2021 possa haver um retorno presencial ou híbrido. “É uma doença tão desconhecida, não temos vacina ainda e o Brasil é um país continental”, afirmou.

Indicação ao cargo

Há cerca de um mês no ministério, ele disse que não foi indicado pela bancada evangélica, nem tampouco o presidente Jair Bolsonaro está loteando a pasta. “Não sou representante de nenhum grupo político, embora religioso. Não fui o indicado pela bancada evangélica.”

“O presidente poderia ter loteado para um grupo de parlamentares e ter em contrapartida votos favoráveis até o final do seu mandato, mas não fez isso”, disse, complementando que foi convidado para o carga devido a sua atuação na Comissão de Ética.

O novo ministro, que era reitor da Universidade Presbiteriana Mackenzie, em São Paulo, diz que tem pouca produção científica e que sua maior experiência é na área de gestão. O convite para a pasta foi feito pelo presidente Bolsonaro em conversa por videochamada.

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