Brasil Educação

Bolsonaro chama manifestantes pela educação de ‘pessoalzinho’

Presidente voltou a criticar protestos contra cortes no orçamento do ensino básico ao superior

Manifestantes contra o corte no orçamento da educação na Candelária, Centro do Rio, na última quarta: para presidente, eles são ‘massa de manobra dos espertalhões de sempre’
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Domingos Peixoto/15-05-2019
Manifestantes contra o corte no orçamento da educação na Candelária, Centro do Rio, na última quarta: para presidente, eles são ‘massa de manobra dos espertalhões de sempre’ Foto: Domingos Peixoto/15-05-2019

BRASÍLIA - O presidente Jair Bolsonaro voltou a criticar os manifestantes que foram às ruas de mais de 200 cidades do país na última quarta-feira contra os cortes que seu governo está fazendo no orçamento para a educação. Falando enquanto cumprimentava um grupo de estudantes na porta do Palácio da Alvorada na noite deste sábado, ele atribuiu os protestos com a participação de centenas de milhares de pessoas a um “movimento do pessoalzinho aí que eu cortei verba”, “uma minoria que manda na escola” e que “nem sabe o que vai fazer na rua”.

O presidente também voltou a chamar os manifestantes de “idiotas úteis”, dizendo que o “pessoal” dele esteve na rua e constatou que “a molecada” nem sabia o que estava fazendo em meios aos protestos.

— É massa de manobra dos espertalhões de sempre, do pessoal que quer voltar ao poder — afirmou.

Os reitores de universidades públicas também entraram na mira de Bolsonaro, que repetiu uma crítica reiterada nos últimos dias pelo ministro da Educação, Abraham Weintraub, de que autonomia universitária não se confunde com “soberania”.

— Hoje em dia, parece que eles (reitores) têm, na verdade, autonomia total, soberania. Têm que prestar as contas do que está acontecendo — disse.