Eleições 2018 no Rio de Janeiro

Por Alba Valéria Mendonça, G1 Rio


Candidato do PSL, Jair Bolsonaro, fez novos exames médicos no Rio de Janeiro

Candidato do PSL, Jair Bolsonaro, fez novos exames médicos no Rio de Janeiro

O candidato do PSL à Presidência da República, Jair Bolsonaro, foi submetido a uma nova avaliação médica, na manhã desta quarta-feira (10), em sua casa na Barra da Tijuca, na Zona Oeste do Rio. Segundo o clínico cardiologista Leandro Echenique, a cirurgia completa hoje 34 dias e Bolsonaro está se recuperando, mas ainda não está liberado para fazer campanha.

"Ele perdeu 15 quilos de massa muscular e ainda está fraco. Ele precisa de uma dieta de recuperação proteica.", disse o médico, ressaltando que na próxima quinta-feira (18) Bolsonaro deve ir ao hospital e provavelmente será liberado para campanha e debates.

Está previsto para essa semana o debate entre os presidenciáveis Fernando Haddad (PT) e Bolsonaro na TV Band. A assessoria de imprensa do candidato do PSL confirmou que ele não participará do debate desta semana.

Bolsonaro sofreu um ataque no dia 6 de setembro durante um ato de campanha em Juiz de Fora (MG). Adélio Bispo de Oliveira, preso for esfaquear o candidato, foi indiciado por prática de atentado pessoal por inconformismo político. Segundo a investigação da Polícia Federal, ele agiu sozinho no atentado.

Táxi com três médicos chega à casa de Jair Bolsonaro, na Barra — Foto: Alba Valéria Mendonça/G1

O cirurgião Antônio Luiz Bonsucesso Macedo e o cardiologista Echenique chegaram ao condomínio do capitão por volta das 9h30. Um terceiro médico, identificado como Marcelo, os acompanhava.

“Ele não tem mais inclusão de ferro na veia, como estava sendo feito, não tem mais antibiótico na veia, não tá mais com home care do Einstein o tempo todo, que nós temos mantido. Então ele vai fazer uma intensa reposição nutricional e fisioterapia e, com certeza, pelo que nós conhecemos dele, quinta-feira que vem vamos liberá-lo para tudo que for necessário", garantiu o cirurgião Antônio Macedo.

Ainda segundo os médicos, apesar do quadro de Bolsonaro ter evoluído bem, ele ainda apresenta quadro de anemia, o que impossibilita a liberação completa do paciente.

Há uma semana, Macedo e Echenique estiveram com Bolsonaro e contraindicaram a ida dele ao debate da TV Globo com os presidenciáveis, no dia seguinte. O candidato acatou a sugestão e não foi ao encontro.

O cirurgião Antônio Luiz Macedo e o cardiologista Leandro Echenique, do Hospital Albert Einstein, na visita da semana passada — Foto: Reprodução/TV Globo

O cardiologista disse que faz uma semana que o candidato recebeu a última dose de antibióticos e não apresenta nenhuma infecção e não corre nenhum outro risco, mas ainda está enfraquecido. "Ele está tendo uma recuperação muito boa mas ainda recomendamos um repouso relativo para o término da recuperação", disse Echenique.

O cirurgião Macedo disse que uma pessoa que teve tanta perda de peso e massa muscular fica expostos a infecções, baixa de imunidade, queda de pressão e desmaios.

"Ele não pode fazer viagens, não pode fazer atividade física mais prolongada. Tem de ter um repouso relativo para a recuperação final dentro de casa. Ele pode sair de casa por períodos muito curtos. Ele tem o desejo de participar da campanha, mas no momento ainda não é recomendado", disse o médico.

Macedo disse que a retirada da bolsa de da colostomia deve ocorrer depois do dia 12 de dezembro. "Ela pode ser retirada a partir de três meses da cirurgia, que ocorreu no dia 12 de setembro. Ele vai escolher a data. Essa cirurgia é muito mais simples e a recuperação é de duas semanas", disse Macedo.

Campanha nas redes sociais

Enquanto não recebe alta médica, o candidato tem concedido entrevistas e falado nas redes sociais em casa. Nesta quarta-feira, em uma nova publicação na internet, ele falou sobre propostas para a economia.

Bolsonaro prometeu diminuir imposto, simplificar a cobrança deles e isentar do imposto de renda quem ganha até R$ 5 mil, além de reduzir a alíquota para quem ganha acima desse valor.

Na terça-feira, em uma entrevista, o candidato afirmou que, se eleito, vai apresentar já ao atual governo uma proposta de reforma da previdência.

“Em eu chegando lá, daí eu vou procurar o Governo para gente aprovar uma Reforma da Previdência, que tenha aceitação do Parlamento e a população entende como sendo justa e necessária. Eu acredito que a proposta do Temer, como está, se bem que ela mudou dia após dia, dificilmente ela vai ser aprovada. Seria bom nós contermos aqui os ralos, acabar com as incorporações. Quem sabe aumentar mais um ano o tempo de serviço para o trabalhador do serviço público.Eu acho que seria um grande passo no final do governo Temer”, disse.

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